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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Review: Thor - O Mundo Sombrio

Enquanto o primeiro filme do “Thor” (2011), de Kenneth Branagh é bem mais ou menos, apenas cumprindo sua contribuição como um dos necessários prelúdios para integrar a posterior trama dos “Vingadores” (2012), “Thor – Mundo Sombrio” (ainda em cartaz) dá um avanço na história específica deste herói, provando que ele pode sim sustentar sozinho uma franquia de forma interessante. E olha que gosto de HQs, mas nem, de longe, sou o maior fã desse personagem.

O protagonista apresenta um bom desenvolvimento durante a trama e os personagens coadjuvantes conseguem ter seus momentos de glória na fita, com a Jane Foster (a oscarizada Natalie Portland), interesse romântico do protagonista, se tornando uma peça chave para o desenrolar do enredo, a mãe de Thor, Frigga (Rene Russo) também é outra, que em poucas cenas consegue mudar todo o andamento do filme. 

Mas o destaque mesmo, como sempre, vai para Loki, que consegue ser muito mais interessante e sarcástico que nas HQs, o que se deve muito à brilhante atuação de Tom Hiddleston, que muitas vezes consegue até roubar a cena, tornando-se inclusive mais interessante que o próprio Thor (Chris Hemsworth) e, indiretamente contribuindo para que o personagem de seu irmão ganhe maior destaque devido à relação dos dois. As melhores cenas, com certeza, são as que ele está presente. Inesquecível a que ele fica mudando de aparência enquanto conversa de forma descontraída com seu irmão.

As mulheres têm papel importante em "Mundo Sombrio"

A direção dessa vez ficou por conta de Alan Taylor, que veio de ótimas séries de TV, como "Game of Thrones", portanto, trazendo uma abordagem diferente e de qualidade para compor Asgard, por exemplo (que ficou menos iluminada e mais suja que no primeiro filme) e para conduzir a trama de forma coerente e eficaz. 

Interessante salientar que nos cinemas o Thor (até mesmo seu uniforme) é uma espécie de amálgama do personagem do Universo Marvel tradicional com o do Universo Ultimate (mais atualizado), diferentemente do que aconteceu com os demais personagens, onde praticamente tudo que se passou no tradicional foi rejeitado, criando-se a gênese da história basicamente de "Os Supremos", de Mark Millar (roteiros) e Brian Hitch (arte). 

Trata-se de um bom filme de ação para quem procura por isso.  O único detalhe negativo, que também percebi em "Homem de Ferro 3" (de Shane Black), que meio que praticamente isolou completamente o personagem do Universo Marvel nos cinemas que está em crescimento no cinema. Poxa, não era preciso que todos aparecessem e ajudassem Thor a lidar com Malekith, mas o universo estava em perigo e é necessário, pelo menos, dar uma boa desculpa para que eles não possam ajudá-lo em uma crise tão grande. A desculpa poderia ser até mesmo os problemas que cada um deles vem enfrentando em seus longas. Já tava valendo.


Sobre o enredo (Praticamente sem spoilers):

Loki: ótima atuação de Tom Hiddleston 
A história de "Thor – Mundo Sombrio" se passa algum tempo após os eventos mostrados em “Os Vingadores”, com o protagonista e seus aliados lutando para pacificar os Nove Reinos da mitologia nórdica, quando ressurge uma antiga raça há muito derrotada por Borr (o pai de Odin) chamada “Elfos Negros”. Eles dominavam bem a arte da guerra, inclusive armas de fogo e de alta tecnologia e eram liderados por Malekith (Christopher Eccleston), um grande estrategista cuja intenção é recriar o grande Caos, ou Era Sombria, quando os Elfos Negros dominavam o mundo. O vilão, supostamente morto há centenas de anos, reaparece e agora detém em suas mãos o Éter, uma arma capaz de tornar seus planos realidade e a única força capaz de detê-lo, ou pelo menos, tentar é Thor e seus aliados.   

Os mundos estão entrando em convergência, que é um momento único, onde há espécies de buracos de minhoca entre os nove reinos e se pode viajar entre eles sem necessidade de passar pela Ponte do Arco-Íris (ou Bifrost) ou qualquer outro artifício, como se tivesse entrando sorrateiramente por uma janela de um mundo para o outro. Destaque para a cena de batalha que se passa em todos os mundos ao mesmo tempo e termina de forma, no mínimo, inesperada.


Malekith: um vilão com sede de poder e uma poderosa arma nas mãos

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Review: Segunda temporada de Dexter

Dando continuidade às resenhas que me propus a fazer sobre a telessérie "Dexter", chegamos finalmente (atrasados. Reconheço minha culpa!) à segunda temporada, quando a trama fecha um bocado o cerco sobre nosso protagonista. Lá vem spoilers: Só pra começar, os corpos das vítimas de nosso assassino serial preferido são descobertos no fundo do mar de Miami e o FBI entra em cena para iniciar uma investigação sobre o criminoso que a imprensa apelidou de “Açougueiro de Baía de Harbor” (Bay Harbor Buthcer), devido ao estado em que suas vítimas se encontravam, totalmente desmembradas.

Os problemas de Dexter não param de crescem. Com a entrada do FBI nas investigações, também entra em cena o agente especial Frank Lundi (Keith Carradine), cuja especialidade é exatamente encontrar e capturar assassinos seriais, colocando o pescoço do nosso protagonista em risco. Posteriormente ele inicia um relacionamento com a irmã de Dexter, Debra Morgan (Jennifer Carpenter), complicando ainda mais a situação para todos.

Como se isso não bastasse, as desconfianças do Sargento James Doakes (Erik King) sobre  Dexter beiram ao absurdo e ele passa a ser sua sombra, perseguindo-o por toda parte. A princípio, “Dex” tira tudo de letra, levando Doakes exatamente para onde ele quer. Fazendo-o cansar de persegui-lo, até finalmente poder ficar livre por alguns momentos para dar continuidade ao seu "trabalho". Mas, como era-se de esperar, as coisas tomam rumos inesperados, deixando Dexter em uma situação totalmente nova até então.

Lila aparece e complica mais a vida de Dexter
Rita (Julie Benz) finalmente começa a perceber as atitudes estranhas de seu namorado e passa a pressioná-lo a fim de entender o que se passa, finalmente, acreditando que Dexter é viciado em drogas e incentivando-o a se tratar para solucionar o problema. Mal sabia ela que durante o tratamento ele conheceria a artista plástica Lila Tournay (Jaime Murray), uma inglesa, que torna-se sua “madrinha” durante o tratamento, e acaba entrando em um relacionamento afetivo com Dexter, mas quando ele vai conhecendo-a melhor percebe que ela tem muito mais problemas que ele mesmo e acaba colocando sua família em risco.

O cerco vai fechando mais e mais e o foco da investigação acaba mudando drasticamente até terminar tudo de uma forma totalmente inesperada por quem vinha assistindo os doze episódios dessa ótima temporada.

As aparições de Harry Morgan continuam presentes como Flashback e muitos novos detalhes importantes sobre o passado de Dexter e também de seu pai vão sendo inseridos aos poucos na trama, fazendo com que a história torne-se mais intrigante a cada episódio. 



Mais uma vez a trama se fecha em si, sem deixar a entender o que acontecerá na próxima temporada o que para a audiência torna-se muito bom, pois não fica aquele clima de suspense e, caso não venham a serem produzidos mais episódios, ao menos não ficam tantas pontas soltas a ponto de ficar sem sentido um ponto final relativamente satisfatório ali mesmo.

Clique aqui e confira a resenha da 1ª Temporada.
Ou aqui e leia uma breve análise sobre a série.