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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Expectativa: 4ª Temporada de The Walking Dead faz uma pausa em ótimo momento

Cartaz apresenta protagonistas
Aproveitando a pausa de “Mid Season” da quarta temporada da série “The Walking Dead” (ela volta em fevereiro de 2014), gostaria de tecer aqui alguns comentários sobre o andamento dessa temporada até agora.

Após a ótima, mas mal encerrada, terceira temporada, a série vinha num ritmo meio devagar, com algumas boas surpresas, como o assassinato a sangue-frio de alguns dos moradores da prisão e a descoberta da avassaladora da identidade do o assassino e, consequentemente, o crescimento dramático de uma personagem que há tempos já não tinha mais razão de ser na série. A verdade é que, aos poucos, tudo foi ficando num ritmo lento, pois a história praticamente parou para reinserir o governador (que andava sumido desde o final da temporada anterior) naquele universo distorcido pós-apocalíptico. Foi parecendo que ele estava mudando, evoluindo e se tornando uma pessoa melhor, até que nos últimos episódios, dar um tapa na cara de quem acreditava nisso, o Governador volta a ser o grande FDP que todos adoram odiar e, no fundo, sabiam que ele continuava sendo assim

Carol: Personagem sofre  mudanças
Parece que todas as surpresas foram guardadas para esse último episódio antes da já tradicional pausa de final de ano. O tão esperado confronto entre o grupo que reside na prisão e o governador finalmente aconteceu de verdade (o que houve no final da temporada passada, pareceu uma ejaculação precoce, perto disso!).

Houve baixas dos dois lados. Algumas bem inesperadas pelo andamento que a história vinha levando. Uma briga mano-a-mano (bem briga de rua mesmo) entre o Governador e Rick. Com uma conclusão mais que surpreendente, também pra todos os lados.

Estou evitando ao máximo por spoilers aqui, mas fica bem difícil falar dessa série sem falar dos acontecimentos. As vinganças pessoais, as motivações dos personagens e as transformações porque passaram ao longo dos últimos três anos.


Se ainda não deu chance à esta série, já está passando da hora. Não perca mais tempo. Se já conhece, só nos resta roer todas as unhas, enquanto esperamos a volta dessa que é, sem dúvida, a série mais assistida e comentada da atualidade. 

Episódio que marcou pausa da temporada é clímax da série

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Planetary finalmente está disponível para os fãs de HQs de super-heróis e ficção científica

Capa do primeiro volume: 
problema na mistura de cores 
A editora Panini Comics lançou no final do mês passado, com algum atraso (era pra ter saído em outubro), o primeiro volume da HQ “Planetary” - Pelo Mundo Todo, de Warren Ellis (roteiro) e Jonh Cassaday (arte) como havia prometido e, à época, foi divulgado aqui mesmo nesse blog. A edição inclui os seis primeiros números da série mensal e pode ser adquirida, senão em bancas (em algumas regiões do país), ao menos em Comic Shops físicas ou virtuais espalhados pela web. 

Como sempre (ou pelo menos, na grande maioria das vezes) o resultado final do trabalho da editora foi bastante produtivo, apresentando um produto de qualidade, apesar do preço um pouco salgado (R$ 21,90) devido ao número de páginas e seu acabamento. O recém-lançado pela própria Panini “Os Livros da Magia”, por exemplo, tem praticamente o mesmo número de páginas, acabamento em papel couchê e capa dura e custa pouco mais que esta edição que tem capa cartão e papel LWC, que garante qualidade de impressão, é certo, mas não tão legal quanto o ótimo couchê.

O roteiro de Planetary é um primor que inclui viagens personagens que remetem às literatura Pulp (quadrinhos e livros antigos de mistério, crimes e ficção científica em papel de baixa qualidade) viagens no tempo, uma arqueologia totalmente às avessas da tradicional, entre outras surpresas ao longo das edições da série. A arte de Cassaday é um show à parte, com sua anatomia beirando à perfeição e cenas que às vezes mais parecem tomadas de cinema realizadas por um ótimo diretor. Não podemos deixa de destacar a paleta de cores usada por Laura Martin, sempre precisas em belas na medida certa.

O Planetary é formado por Jakita Wagner (super-forte), Elijah Snow (líder e tem a habilidade de dominar o frio) e Baterista (habilidade de se comunicar com máquinas). Os arqueólogos do impossível, como se auto-intitulam, investigam a história secreta do século XX, o que inclui muitas aventuras, no mínimo inusitadas recheadas de referências às mais variadas de expressão da cultura pop mundial, como a já citada literatura pulp e os filmes japoneses de monstros. 

Capa prevista para o segundo volume
Uma boa surpresa desse volume é a inclusão do preview de Planetary, publicado nos idos de 1999 como bônus em algumas edições da Wildstorm (selo da DC Comics) como uma pequena apresentação da série, então vindoura. O prefácio é um presente aos leitores, assinado por ninguém menos que o mago barbudo dos Quadrinhos, Alan Moore, autor de obras clássicas e seminais, como “V de Vingança”, “Watchmen”, “A Piada Mortal”, entre tantas outras.

Ah. A editora já promete o segundo volume: Planetary: O Quarto Homem, para este mês. Esperamos que dessa vez tudo dê certo e saia no prazo prometido. A série está prevista para ser completada em quatro volumes (compilando suas 27 edições individuais), e, se o ritmo de publicação for minimamente mantido, deve ser encerrada em meados do ano que vem.

Um ponto negativo foi a escolha de cores da capa, que ficou meio borrada ao ponto de parecer lavada, como se tivesse perdido a cor. Mas isso, até onde sei é porque está sendo seguido e esquema de capas originais, não sendo diretamente culpa da publicação nacional.


Um pouco da História
Nesses primeiros números somos apresentados ao Planetary, seu conceito e personagens, e acompanhamos algumas de suas aventuras, como a primeira edição, em que Jakita encontra Snow e o convida a fazer parte da equipe e ajuda-la a desvendar a história secreta do século XX, ou ainda a segunda edição, que faz uma brincadeira com os monstros japoneses e seitas messiânicas. 

A história vai aos poucos tomando contorno e o que parecia não ser nada demais há algumas páginas vai mostrando sua razão de ser devagarzinho. 

Esse foi só um pequeno aperitivo sobre a edição em si e sua qualidade técnica. Em breve devo publicar uma resenha de verdade sobre a história desse primeiro volume. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ultiverso Marvel: Em queda nas HQs e em alta nos cinemas

Versão Ultimate dos personagens
Uma das coisas mais interessantes que surgiu no mainstream das HQs norte-americanas no início dos anos 2000 foi o lançamento do Universo Marvel Ultimate (ou "Ultiverso"), que, na prática, são versões atualizadas dos personagens do universo Marvel tradicional, produzidas por artistas promissores, como os roteiristas Mark Millar (Ultimate X-Men e Os Supremos “Ultimates”) e Brian Michael Bendis (Ultimate Homem-Aranha) e os desenhistas Mark Bagley (Ultimate Homem-Aranha), Adam Kubert (Ultimate X-Men) e Brian Hitch (Os Supremos “Ultimates”) das origens e trajetórias de personagens da editora que, de uma forma ou de outra, já se encontravam bastante defasadas em relação à atualidade, muitos deles, do início dos anos 60, como é o caso dos X-Men, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, só pra citar alguns dos que já foram lançados dentro dessa linha.

Essa foi uma espécie de "Reboot" dos personagens inspirada no sucesso do, então, recém-lançado primeiro filme dos X-Men e, posteriormente, do Homem-Aranha, atualizando a maioria dos conceitos originais, como se cada um deles surgisse nos dias atuais. O resultado foram origens e histórias contadas de forma bem inovadoras e diferentes daquelas que estávamos acostumados, mas ao mesmo tempo, respeitando as ideias originais principais, como a famosa frase: “Grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”, uma espécie de código seguido pelo Homem-Aranha.

A diferença em relação à atitude recente da DC de fazer um “Reboot” em toda a acepção da palavra é que a DC realmente “zerou” sua cronologia, desconsiderando praticamente tudo que fora publicado antes, enquanto que com o Ultiverso (muitos anos antes, importante salientar), a “Casa das Ideias” teve uma atitude menos corajosa, visto que o universo Marvel tradicional se manteve, sendo essas histórias meio que uma linha “Elsen Worlds” (no Brasil, “Coleção Túnel do Tempo” da DC, na época da Editora Abril, que publicava histórias alternativas fora de cronologia da DC) da Marvel.

O Ultiverso começou a ser publicado ainda pela editora abril nos idos do início deste século sob o título de Marvel Século 21 (com histórias das versões Ultimate do Homem-Aranha e dos X-Men) e posteriormente renomeada de Marvel Millenium pela Panini Comics, que hoje ainda detém os direitos de publicação da linha, que já foi renomeada novamente e hoje, finalmente chamada de Ultimate Marvel e já passa da quadragésima edição.

O novo Ultimate Homem-Aranha
Crise no Ultiverso
O tempo passou e uma das principais intenções desse relançamento, que era atrair novos leitores por desconsiderar toda aquela intrincada cronologia do Universo Marvel tradicional que acabava afastando quem não lê, fazendo com que continuasse assim, caiu por terra. Aconteceu o inevitável, cerca de dez anos de histórias mensais e minisséries especiais acabaram dando espaço ao surgimento de uma nova (e também intrincada) cronologia e as vendas, excetuando-se a sempre ótima Ultimate Homem-Aranha, começaram a cair a níveis que praticamente não valia mais a pena continuar com a publicação dessas HQs.

Já houve relançamentos e mais relançamentos e megassagas, edições especiais e etc, mas a verdade é que aquele frescor original nunca mais foi o mesmo. Hoje o ultiverso ainda existe, mas não é mais a mesma coisa. Mais uma vez, destaque para o Homem-Aranha, que já mudou até de alte-ego, com (*início do spoiler) a morte de Peter Parker (fim do spoiler), mas mesmo assim, continua rendendo boas histórias.

Hoje o Ultiverso está ficando cada vez mais parecido com a Marvel tradicional, tendo, inclusive contratado roteiristas e artistas que fizeram carreira lá, deixando os argumentos dos dois muito similares, o que praticamente tornou sem sentido sua existência como um universo à parte.

Arte de Joe Madureira: Volta da Marvel Ultimate aos anos 90

Adaptação cinematográfica
dos Vigadores
A inversão de Papéis
Além do Homem-Aranha, ótimas histórias dos Vingadores, nesse universo conhecidos como Ultimates (no Brasil, Os Supremos), foram contadas pelo escritor Mark Millar e o desenhista Brian Hitch, nos dois ótimos primeiros volumes da série (com 13 edições, cada). Na conversão para o cinema dos Vingadores aconteceu exatamente o inverso dos X-Men e do Homem-Aranha, por exemplo. Enquanto as outras séries surgiram devido ao sucesso dos filmes, a dos vingadores (e seus personagens solo), surgiram, sobretudo, a partir das ideias apresentadas nesses dois primeiros volumes das HQs do universo Ultimate.

Vale lembrar a importância destes terem sido produções da própria Marvel, o que acabou contribuindo para o surgimento de um Universo Marvel no cinema e não apenas filmes com personagens ou equipes isoladas, como acontecia e ainda hoje acontece, devido principalmente à pluralidade de estúdios que trabalham com os personagens, os direitos dos personagens X-Men, por exemplo, pertencem à Fox, o Homem-Aranha, à Sony, já de todos os vingadores estão com a Marvel Studios, proporcionando campo fértil para o nascimento do Universo Marvel nos cinemas, rendendo hoje boas histórias tanto da equipe quanto filmes individuais, como o vindouro Capitão América – Soldado Invernal, segundo filme do personagem, cujo trailer promete ser bem superior ao primeiro.

Ultimates: os Vingadores do Ultiverso


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