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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Grant Morrison 65 Anos: Conheça algumas das mais relevantes obras do quadrinhista escocês

Em 1960 nascia em Glasgow o escritor de quadrinhos Grant Morrison, um dos mais conhecidos e profílicos que desde a década de 70 já trabalhava pra versão britância da Marvel e também pra 2000 A.D., já propondo em suas histórias a desconstrução do conceito de super-heróis, tema comum no decorrer de toda a sua obra.


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Morrison surge no mercado de comics americano  por volta entre o final dos anos 80 e início dos 90, produzindo histórias com abordagens inovadoras de personagens como Homem-Animal, Patrulha do Destino, entre muitos outros, com um importante destaque para "Batman: Asilo Arkham", de 1989, ao lado do lendário artista multifacetado Dave McKean, apresentando ao público uma versão perturbadora de Batman e Coringa, como nunca vistos até então.

O autor teve várias outras obras publicadas antes e depois dessa fase e, a seguir, vamos falar de algumas das mais representativas, em homenagem aos 65 anos do escocês.


1. Zenith

Um dos primeiros trabalho do autor, ao lado do artista Steve Yeowell, publicado pela 2000 A.D. no mercado inglês. De acordo com o próprio Morrison, a história foi escrita como uma  resposta à produções como Miracleman e Watchmen, do britânico Alan Moore, apresentando uma humanidade já familirizada com superseres, com um protagonista apresentado como um Pop Star egoísta e nem um pouco heróico, seguindo a tendência das obras que se propõe a "responder", que seguem relevantes até hoje, com produções mais recentes, como The Boys e Nêmesis, por exemplo. Zenith ganhou republicação recente pela Mythos Editora, que podem ser adquiridas na Amazon clicando aqui ou na imagem acima, inclusive, com ofertas digitais.


Primeira obra do autor no mercado norte-americano de destaque, apresentando o super-herói Buddy Baker, que tem poderes de animais. A editora Karen Berger, responsável pela publicação (a mesma que trouxe vários outros autores inovadores e posteriormente criou o selo Vertigo) deu grande liberdade criativa ao Morrison, que abusou da criatividade, com direito à "quebra da 4ª parede", dialogando com o leitor e trazendo à pauta importantes discussões como ecologia, direitos dos animais e muitos outros. A obra vem sendo publicada no Brasil há alguns anos e já saiu em diferentes formatos, sendo o último o "Homem-Animal por Grant Morrison Omnibus", de 2022, compilando toda a fase em um único volume gigante. 



Outra obra de desconstrução de heróis, apresentando um grupo de desajustados com histórias tão malucas que desafiaram (e até hoje desafiam) os limites do gênero, com personagens tão inusitados como Crazy Jane, a Irmandade do Dadá, Flex Mentallo (que também ganhou uma história solo assinada pelo autor), Danny, a Rua e muitos outros. Também já foi publicada no Brasil por diferentes editoras, sendo a última edição "Patrulha do Destino por Grant Morrison Omnibus", com mais de 1.200 páginas compilando toda a fase escrita pelo autor. Alguns números da versão anterior da publicação ainda podem ser encontradas no mercado clicando aqui.

Falar de Grant Morrison sem lembrar das histórias que o autor produziu para o Batman seria até um sacrilégio. Só pra começar o cara escreveu "Asilo Arkham", história até hoje lembrada como uma das melhores do personagem. Escreveu ainda "Batman: Gótico", com arte de Klaus Janson e uma grande longa fase na mensal do personagem que acabou culinando em importantes eventos como "Crise Final" e "A Morte do Batman". Boa parte desse material vem ganhando republicações pela Panini em edições de luxo e também em edições Omnibus, com mais edições mensais por volume. Basta clicar nas imagens abaixo pra conferir as melhores ofertas na Amazon.



Fase das lendas da DC produzida a partir do final dos anos 90 pelo autor escocês, onde ele apresentou vários conceitos que foram usados em toda sua trajetóra na editora. A saga tinha saído em formatinhos pela Abril próxima na década de 90 em publicações erráticas, visto que foi próximo ao cancelamento das publicações de quadrinhos pela editora, mas felizmente foi recentemente republicada integralmente e em seu formato orginial na "1ª Temporada" de "A Saga da Liga da Justiça", e alguns números ainda podem ser encontrados com relativa facilidade na Amazon, clicando aqui.




Outra obra do autor onde ele propõe uma importante reflexão sobre os direitos dos animais, que, no caso são utilizados como máquinas de guerra e acabam se virando contra seus próprios criadores. Destaque ainda para a arte de Frank Quitely, seu parceiro em várias obras importantes, como "Liga da Justiça Terra 2", "Novos X-Men" e "Batman & Robin". Infelizmente, no momento a obra está fora de catálogo, podendo ser adquirida apenas em edições de segunda mão na Amazon ou no Mercado Livre, clicando nos links acima. A Panini Comics está prometendo uma republicação para breve. Esperemos.




História que realmente foi apresentada como a última Crise da DC (posteriormente, isso foi por água abaixo), apresentou vários personagens, contando uma história que começa na aurora dos tempos e segue até um futuro distante em uma batalha sem fim que pode ser resumida em: Bem x Mal, culminando em homens contra deuses, prometendo a maior batalha de todos os tempos. A história ganhou recente republicação na coleção Grandes Eventos DC e pode ser adquirida na Amazon clicando aqui.



Uma das obras mais ousadas do autor, que se debruça sobre toda a história do Universo DC, apresentando várias de suas versões e possilidades infinitas e tentando pôr um pouco de ordem e coesão em tudo isso. A história já foi publicada em duas versões por aqui, sendo a primeira em edições "mixes" e a última em um encadernado gigantesco com toda a saga. Infelizmente, ambas estão fora de catálogo e a obra só pode ser adquirida em edições de segunda mão no Mercado Livre, clicando aqui ou na original em inglês disponível na Amazon, clicando aqui.



No início dos anos 2000 a Marvel convidou Morrison a trabalhar com alguns de seus personagens de maior destaque e sucesso: Os X-Men, dando ao autor liberdade criativa bem maior que o que era comum à época ao que ele respondeu com uma proposta mais baseada em ficção científica fortemente influenciada tanto visualmente quanto filosoficamente por conceitos, então, recentemente usados nos cinemas em Matrix (1999) e também no X-Men: O Filme (2000), pra começar, mudando o título da revista de X-Men para New X-Men e deixando de lado os uniformes coloridos e com máscaras, que deram espaços à roupas de couro preto mais táticas, com detalhes em neon. O autor fez os X-Men se tornarem agentes transformadores, que deixaram de apenas reagir e se defender e passaram a levar a bandeira mutante, defendendo muldialmente os interesses de sua espécie. A fase é longa, apresentando alguns altos e baixos no percurso e já ganhou algumas publicações no Brasil e vários volumes da última podem ser adquiridas na Amazon clicando aqui.


Uma das obras mais inovadoras e ousadas de Morrison, que viajou fundo em conceitos de distorção da realidade colonização alienígena, perigosas conspirações e uma guerra silenciosa iniciada há milênios que tem moldado a estrutura do universo. Muitos dizem que foi utilizado como referência para a concepção de Matrix, visto que também trata de um mundo ilusório, bem diferente do que toda a humanidade acredita, mas... há controvérsias. A série teve uma publicação errática por aqui (e até mesmo nos Estados Unidos, onde beirou ao cancelamento algumas vezes), passando por algumas editoras nacionais, mas acabou sendo publicada na íntegra pela panini, primeiramente em edições de capa mole e depoise em edições de luxo, que alguns números ainda podem ser encontradas na Amazon e no Mercado Livre, clicando nos links acima.


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"Chuva de mutantes" nas livrarias (parte II): Vários lançamentos dos X-Men previstos para os primeiros meses deste ano

Continuando a nossa lista de lançamentos e relançamentos das revistas mutantes da Marvel no Brasil previstas pros primeiros meses deste ano, chegamos à segunda parte da nossa lista.


LANÇAMENTOS:

1. X-Men 80

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Esta edição dá continuidade às fases mais recentes dos mutantes com base em Krakoa que vêm sendo publicadas neste mix mensal contendo a mensal dos X-Men, Ressurection of Magneto e Rise of the Power of X. A cada nova edição a novíssima fase dos mutantes se aproxima do Brasil, com autores de peso como Al Ewing (Imortal Hulk) e Gerry Duggan (Invencível Homem de Ferro)

Informações sobre o lançamento:
X-Men Vol. 80
Autores: Al Ewing, Gerry Duggan, Joshua Cassara, 
Kieron Gillen, Luciano Vecchio e R.B. Silva
Acabamento: capa cartão e lombada quadrada
112 páginas
R$ 36,90
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Confira nesta edição especial os desdobramentos da saga Caçada Sangrenta nas histórias dos mutantes, com destaque para Jubileu, Psylocke e a Wolverine Laura Kinney.

Informações sobre o lançamento: 
Autores: Ashley Allen, Enid Balam, Jesús Hervás, Lynne Yoshii, 
Preeti Chhibber, Robert Gill, Stephanie Phillips, Steve Foxe
Acabamento: Capa cartão e lombada quadrada
96 Páginas
Compila as edições originais: X-Men – Blood Hunt: Jubilee 1; 
X-Men: Blood Hunt - Magik 1; X-Men: Blood Hunt – Psylocke 1; 
X-Men: Blood Hunt –  Laura Kinney The Wolverine 1
R$ 34,90
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Revisitando um clássico dos mutantes. Esta edição é estrelada por Wolverine, Capitão América e Viúva Negra explora um pouco mais do contexto da história apresentada em The Uncanny X-Men 268 (por Chris Claremont e Jim Lee), de 1990, Confira a volta dos "Cavaleiros de Madripoor" que terãoque enfrentar vilões como Baderna, Sanguinário e a poderosa organização Tentáculo. E, o melhor, com a volta de Claremont nos roteiros.

Informações sobre o lançamento: 
Autores: Chris Claremont, Edgar Salazar
Acabamento: Capa cartão e lombada quadrada
112 Páginas
Compila as edições originais: X-Men – Blood Hunt: Jubilee 1; 
X-Men: Blood Hunt - Madripoor Knights 2024 1-5
R$ 36,90
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REPUBLICAÇÕES:

Agora chegou a vez de falar da publicações vindouras. Confira alguns destaques dos mutantes que voltarão em breve pras livrarias.



Dando continuidade ao trabalho de republicação dos primeiros anos de aventuras dos mutantes em edições que vêm sendo publicadas em ordem cronológica, a Panini finalmente atende aos pedidos dos leitores brasileiros, tornando disponível novamente aos leitores brazucas o terceiro volume desta publicação que tem nos roteiros importantes quadrinhistas como Roy Thomas (Conan) e Jerry Siegel (Superman) e arte de Neal Adams (Lanterna Verde e Arqueiro Verde, Batman), Jim Steranko (Capitão América) e Barry Windsor-Smith (Conan), reapresentando histórias clássicas dos personagens.

Informações sobre o lançamento:
Acabamentos: capa dura e lombada quadrada
512 páginas
Compila as edições originais: Uncanny X-Men (1963) 44-66; 
Ka-Zar (1970) 2-3; Marvel Tales (1966) 30
R$ 250,90
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Uma volta ao básico no Universo Marvel pra recontar as origens de lendas como Homem-Aranha, X-Men, Hulk, Quarteto Fantástico e Capitão América, com novas versões pra histórias já conhecidas dos personagens, apresentando novas narrativas e outros detalhes, com texto de Paul Jenkins (Inumanos) e bela arte pintada e realística de Paolo Rivera (Demolidor). A história já tinha sido publicada no Brasil pela própria Panini há muitos anos, mas estava fora de catálogo há bastante tempo já, voltando agora na coleção Marvel Essenciais.

Informações sobre o lançamento:
Acabamentos: capa dura e lombada quadrada
168 páginas
Compila as edições originais: Mythos: Spider-Man, Mythos: X-Men, 
Mythos: Hulk, Mythos: Ghost Rider, Mythos: Fantastic Four, 
Mythos: Captain America
R$ 250,90
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Em homenagem ao "Dia do Quadrinho Nacional": Conheça alguns artistas que fizeram (e fazem!) a História dos Quadrinhos no Brasil

Hoje (30/01) é celebrado o "Dia do Quadrinho Nacional", em homenagem à data de publicação do primeiro quadrinho brasileiro: "As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte", publicada em 30 de Janeiro de 1869, com texto e arte do imigrante italiano Angelo Agostini, já contando uma história com arte sequencial, com texto, histórias contínuas, comicidade e crítica política e social, com uma "pegada" tipicamente brasileira, apresentando a imagem do "caipira", que posteriormente se tornou uma marca da cidade de Piracicaba, São Paulo. Angelo Agostini também nomeia um dos mais importantes prêmios de profissionais da área no Brasil.

Nhô_Quim

Imagem resgatada da obra que inaugurou as HQs no Brasil

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Em homenagem à esta data tão especial pra quem, como nós, ama os quadrinhos, preparamos aqui uma pequena seleção de alguns dos artista brasileiros representativos. Lembrando sempre que nenhuma lista é definitiva e que a intenção aqui é muito mais exemplificativa que definitiva, pois muitos são os artistas importantes e resumir a poucos seria realmente descabido. 

Confira:

1. Maurício de Sousa

Um artista que, com certeza, marca presença em qualquer lista desse tipo. De longe, o mais bem sucedido e longevo artista de quadrinhos brasileiro que, desde o final da década de 50 vem tendo seu trabalho publicado, primeiramente em tirinhas de jornais e posteriormente em revistas mensais, principalmente em "formatinhos". Criou importantes personagens, como a própria Mônica, Cebolinha, Magali, Chico Bento, Astronauta, Bidu, etc. Hoje seu trabalho tem buscado atingir diferentes públicos com a publicação das Graphic MSP, apresentando abordagens diferenciadas de seus personagens pela visão de diferentes artistas nacionais, "Turma da Mônica Jovem", entre outros. Suas histórias já se tornaram animações, séries e filmes e rendem muitos produtos licenciados até hoje.

2. Laerte Coutinho

Começou a trabalhar com quadrinhos na década de 70 na revista Balão, trabalhou ainda nas revistas Banas e Placar, depois começou a trabalhar em jornais com tirinhas engajadas pela democracia brasileira, ainda durante a Ditadura Militar, como os Piratas do Tietê. Entre seus principais trabalhos está a revista Chiclete com Banana. Também trabalhou em scrips pra TV pra programas humorísticos da Rede Globo, como TV Pirata, Sai de Baixo e TV Colosso.


3. Mozart Couto

Mais um artista nacional da "velha guarda". Começou a trabalhar com quadrinhos no final da década de 70, incialmente na revistá erótica Eros, da editora Grafipar, de Curitiba. Trabalhou também com faroeste em Jackal e Zamor, o Selvagem (ambos criados por Franco de Rosa) e teve também importantes trabalhos publicados pela Editora Abril, chegando, inclusive a produzir capas para a revista Espada Selvagem de Conan - O Bárbaro e a produzir algumas histórias publicadas na extinta revista Aventura e Ficção. Foi um dos primeiros artistas brasileiros a trabalhar no mercado norte-americano na década de 90, chegando a trabalhar com os personagens Glory (Extreme Studios), Star Wars e Gamera (Dark Horse). seu personagem bárbaro Brakan ganhou republicação recente pela Editora Universo Fantástico. Entre suas principais influências o autor apontou artistas de diferentes estilos, como Hal Foster, Alex Raymond, Jack Kirby, Gene Colan, Frank Frazetta, John Buscema, Moebius, Júlio Shimamoto, Flávio Colin, Eugênio Colonese, Jayme Cortez, Hiroaki Samura, Mike Mignola, Paolo Serpieri, entre outros. É autor de um famoso curso de desenho para quadrinhos.


4. Ziraldo

Basta dizer que é o criador de "O Menino Maluquinho", obra que já ganhou adaptações tanto em quadrinhos quanto, já livro ilustrado, desenho animado animado e filme pra cinema. Ziraldo ficou conhecido nacionalmente através da revista "O Cruzeiro", em 1957, passando em 1963 pro Jornal de Minas e, também publicou personagens como Jeremias, o Bom; Supermãe e Mirinho.

Foi também um dos fundadores do periódico "O Pasquim", de oposição ao Regime Militar no Brasil e acabou sendo preso no período. Outros destaques de sua carreira foram a "Turma do Pererê" e a revista de humo sobre o cotidiano "Bundas", em "homenagem" à conhecida revista "Caras".

As adaptações cinematográficas foram "O Menino Maluquinho - O Filme" (1995), "O Menino Maluquinho 2 - A Aventura" (1998) e "Uma Professora Muito Maluquinha" (2010), estrelado pela atriz global Paolla Oliveira.


5. Mike Deodato Jr.

Impossível falar de artistas de quadrinhos brasileiros sem citar Mike Deodato Jr., um dos que primeiro trilhou o caminho até chegar no mercado norte-americano e, também, um dos que chegou mais longe, em títulos como Mulher-Maravilha, Thor, Hulk, Homem-Aranha, Vingadores, Vingadores Sombrios, entre outros de grande destaque. O desenhista é filho do também quadrinhista Deodato Borges, que lhe apresentou trabalhos de grandes artistas, como Will Eisner e Burne Hogart.

No final dos anos 70, ainda adolescente lançou o fanzine "O Ninja", em parceria com o roteirista José Augusto. Nos anos 80 publicou várias charges e cartuns em jornais da Paraíba, até lançar o personagem "Carcará" em parceria com seu pai, "3000 Anos Depois" e "Ramthar", as duas últimas acabaram sendo publicadas na europa pelas revistas Schwermetall (Alemanha) e Métal Hurlant (França), versões da revista Heavy Metal dos referidos países.

Deodato tem um traço fluido que, em alguns momentos lembra o que foi feito por artistas clásssicos das HQs norte-americanas, como Carmine Infantino, Gil Kane e Sal Buscema, também se aproximando de outros mais contemporâneos seus, como George Perez, Jim Lee, etc. Seu domínio de claro e escuro se mostra muito além de vários outros artistas e mais recentemente ousou ainda mais em sua arte, buscando um estilo mais estilizado-realistas e, em outras histórias mais autorais fez alguns trabalhos mais conceituais, passeando por um estilo mais cartum e caricatural.