Dando prosseguimento à lista com as maiores parcerias quadrinhísticas de todos os tempos, vamos direto ao ponto. Confira abaixo outras cinco grandes parcerias nos quadrinhos que selecionamos especialmente pra você, leitor da Taverna:
6. Neal Adams/Dennis O’Neil
Essa dupla foi responsável por pelo menos duas grandes obras-primas nas
HQs, com uma ótima fase à frente da dupla
Lanterna Verde e Arqueiro Verde, com histórias que traziam ligações próximas com a realidade dos leitores, recheadas de críticas sociais, como as drogas e outros problemas sociais, por exemplo. Onde, pela primeira vez, vemos um importante personagem da mídia tendo que enfrentar esse problema de frente. Sua outra grande obra foi no título do
Batman. A dupla teve que encarar a dura missão de "desestigmatizar" o personagem que ainda sofria com a colorida e engraçada série de tevê da década de 60. Os caras simplesmente conseguiram tornar o personagem dramaticamente relevante, como um herói/detetive em uma cidade suja (tendendo à temática
Noir), contribuindo muito no fortalecimento da mitologia do personagem, que acabou influenciando ótimas histórias de outros autores, como
Batman: Ano Um e
Batman: O Cavaleiro das Trevas (ambos de
Frank Miller) e ainda os filmes de
Christopher Nolan (trilogia:
O Cavaleiro das Trevas).
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A obra máxima dessa dupla é bem mais recente que a da anterior (a partir do final dos anos 90, com
100 Balas) e é tão importante que acabou gerando um novo selo dentro da
Vertigo/DC: O
Criminal, com histórias mais ligadas à temática
Policial/Noir. A dupla parece pensar em uníssono, criando um mundo sujo, cheio de gente cretina sedenta por vingança que tem que tomar difíceis decisões a todo momento.
Brian Azarello arquitetou uma grande história pontilhada por contos curtos trágicos e interessantíssimos. Cada um dos muitos personagens apresentados ao longo das 100 edições da série tem um carisma especial e papel importante numa trama maior. O traço de
Risso é simples e cartunesco e pode, à principio, soar estranho em uma história policial, mas só no começo, pois o cara oferece quadros belíssimos e diagramações interessantes, fazendo a narrativa fluir de forma frenética. Não poderia deixar de citar as capas de
Dave Johnson, que usa vários estilos diferentes em cada uma delas, resumindo de forma magistral a trama contida naquele edição. Durante a produção de
100 balas a mesma equipe criativa ficou responsável pela minissaga em seis edições
Cidade Castigada na mensal do homem-morcego, adaptando a trama à uma temática ainda mais sombria e bem mais realística que outras abordagens do personagem.
No Brasil
100 Balas já passou pelas mãos da
Mythos e
Pixel Media, que publicaram em diferentes formatos (revistas individuais mensais, como minisséries ou em encadernados capa dura) sem conseguirem concluir a publicação. Há alguns anos a
Panini adquiriu os direitos da
Vertigo e logo começou a publicar a série, tomando a acertada decisão de continuar de onde a
Pixel tinha parado um pouco antes, no terceiro volume (posteriormente, lançaram as edições anteriores). Desde então lançou as demais edições em um ritmo interessante, concluindo no
vol. 15. Mais recentemente, a Panini relançou a saga em volumes maiores com acabamento em capa dura, concluindo tudo em 05 encadernados de luxo mais o volume especial
100 Balas: Irmão Lono, dedicado a um querido personagem da franquia.
Essa dois são os pais de uma das melhores séries longas da
Vertigo, entre as mais recentes. Estou falando de
Escalpo, uma saga que em 60 edições mostrou a história do indígena
Dashiel "Dash" Cavalo Ruim, um indígena norte-americano da reserva
Rosa da Pradaria, um local tomado pela máfia dominada por
Lincoln Corvo Vermelho, dono do cassino
Cavalo Louco e grande traficante local. "
Dash" sai da reserva ainda adolescente e revoltado com o mundinho que o cerca, buscando novos ares e acaba se tornando um agente do
FBI cuja missão é nada mais que juntar provas suficientes pra prender o chefão da tribo por um crime cometido muitos anos antes ou, ainda por qualquer um dos muitos outros mais recentes. A saga é recheada de
flasbacks, valoriza personagens que poderiam ser considerados meros coadjuvantes (como
Dino Urso Podre ou
Diesel) dedicando-lhes arcos inteiros. Ótima história do início ao fim, contada como uma série de tevê (das boas), sempre indo além, mesmo durante os
flashbacks, que tanto contribuem para que conheçamos melhor cada personagem que o protagoniza.
A série saiu nas edições da extinta e saudosa revista mensal
Vertigo pela
Panini e, ocasionalmente contou com arte de outros desenhistas. É relativamente fácil encontrar esse material em sebos,
comic shops ou na internet, o problema é que pra completar a história, teríamos que adquirir todas as 51 edições da mensal, tornando o trabalho inviável. Recentemente a série foi republicada pela mesma editora em 05 volumes de luxo, mas infelizmente, no momento, está um pouco difícil de conseguir completar a série à bons preços, mas e alguns volumes ainda podem ser adquiridos com preços interessantes clicando
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Qualquer fã de
HQs que não conheça essa dupla é um "herege". Brincadeiras à parte, estes senhores
criaram juntos um dos mais icônicos super-heróis de todos os tempos: O
Batman e boa parte de sua mitologia, como
Gotham City, seu clima sombrio e alguns dos vilões mais clássicos do cara, isso lá em 1939. Claro que o personagem que eles criaram (que vestia um uniforme bem diferente e não tinha nenhum receio em usar armas de fogo para dar cabo de seus inimigos) era bem diferente do maior detetive de todos os tempos que conhecemos hoje (questão de contexto), mas, definitivamente essa dupla foi responsável pela criação de um dos mais importantes personagens dos quadrinhos de todos os tempos. E olha que nem se trata de um super-herói. Às vezes a gente esquece que
Bruce Wayne é "apenas um ser humano", muito bem treinado e com muitos recursos financeiros... Afinal o cara sempre foi e sempre será “fodão”...
Há alguns anos a
Panini resgatou essa primeira fase do personagem nas caríssimas edições de
Batman: Crônicas, em capa dura e papel de qualidade. Atualmente os primeiros volumes estão um pouco difíceis de se encontrar. Que venham reimpressões. Alô?
Panini?
Se a dupla anterior foi responsável por consolidar de vez o conceito de herói utilizado nas
comics (quadrinhos norte-americanos) por muito tempo (até hoje, sob muitos aspectos), os britânicos
Alan Moore (roteiro) e
Dave Gibbons (desenhos) foram os caras que chutaram o pau da barraca de vez, mostrando que, se os super-heróis realmente existissem, poderiam ser pessoas como eu e você, cheias de problemas pessoais, neuras, medo, maldade, decisões equivocadas, etc.
Watchmen é um tapa na cara de qualquer pessoa mais saudosista da inocente "
Era de Ouro das HQs", com seus personagens infalíveis e uma visão maniqueísta do mundo, onde havia claramente o bem e o mal, o certo e o errado. As doze edições da série preenchem tudo com um tom cinza. Não há personagem essencialmente bom ou mal. Não existe certo ou errado, mas sim o que tem que ser feito para o bem da maioria, ainda que isso, às vezes, possa custar um preço tão alto ao ponto de tornar alguém um genocida a fim de impedir o fim da humanidade. História muito bem escrita por
Moore, criando todo um mundo cheio de camadas altamente detalhistas, alterado pela existência de um superser (praticamente um deus), denominado
Dr. Manhatan, que foi responsável por uma revolução científica e conceitual que acabou alterando o curso da história da humanidade, de um jeito que nos leva a fazer um exercício de pensamento muito interessante. A arte é um show à parte.
Gibbons, com seu traço mais anatômico, detalhista e limpo nos presenteou com quadros belos e personagens bem caracterizados, que representam uma verdadeira amalgama com o texto do barbudo.
A série foi publicada pela
Abril como minissérie em duas ocasiões (uma na década de 80 outra no final dos anos 90). Mais recentemente foi publicada pela
Panini em dois formatos: uma edição definitiva (capa dura, papel couchê e vários extras) e outra mais simples, dividida em dois volumes, com papel pisa brite (o mesmo das mensais, à época) e capa cartão. Essa última só foi publicada uma vez e nunca mais reimpressa pela editora, porém a edição definitiva já ganhou algumas republicações, mas atualmente está difícil de ser encontrada a bons preços. Em 2024 a
Panini relançou a história em formato mais econômico na linha
DC de Bolso, que pode ser comprado clicando
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inclusive uma bem recente, podendo ser encontrada em livrarias e comic shops atualmente. Vale muito a pena ter o volume na estante, seja no formato que for, trata-se de um marco nas Histórias em Quadrinhos.
Obs. Texto reeditado em 06/01/2025 e as informações abaixo e ofertas estão atualizadas até esta data.
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