"Programado Para Morrer": Wolverine está com seus dias contados

Há meses a Marvel vem insinuando em cartazes e anúncios de revista a morte de Wolverine, que em sua fase atual (lá nos Estados Unidos) já se tornou “matável” e até se tornou um grande vilão da editora, tudo isso levando ao clímax: a minissérie em quatro edições “Death of Wolverine” (“Morte do Wolverine”), com roteiro de Charles Soule (“Inumanos”, "Monstro do Pântano”) e arte do competente Steve McNiven (“Guerra Civil”).

Levando-se em consideração que o personagem é um dos maiores coringas da editora nos últimos anos praticamente onipresente em várias revistas, a estratégia é bem arriscada e provavelmente já deve estar sendo planejada uma “continuação”com um, já característico, retorno do além (essas coisas tão ficando cada vez mais chatas), trata-se de um momento bem diferente do que aconteceu, por exemplo, com o Superman (DC Comics) no início anos 90, quando a venda de suas revistas estavam em franca queda, portanto não tinham muito a perder, caso não rolasse o sucesso que aconteceu. Por isso, o tamanho do risco da iniciativa da Marvel cresce, já que a popularidade do herói não para de crescer tanto nas HQs quanto em filmes e desenhos animados.

Resta saber como ficará essa história, que pode tanto render um bom material, apesar das limitações criativas inerentes às HQs das grandes editoras, quanto ser uma pisada na bola estratosférica, quanto uma boa história, dentro das possibilidades de uma publicação não autoral. Desejo o segundo, mas, sinceramente, não sei se vai rolar. Vamos ver no que isso vai dar. Enquanto isso fique com a primeira imagem promocional da minissérie, que deve ser iniciada em setembro por lá, aportando por aqui, provavelmente em cerca de 10 meses pela Panini Comics.

Leia aqui um texto da Taverna sobre o tema Morte nas HQs.

Novo trailer de Sin City 2 na Web

Pra botar mais lenha na fogueira da expectativa em cima de "Sin City 2: A Dama Fatal", os produtores do novo filme que adapta as crônicas em quadrinhos de Frank Miller ("Ronin", "Batman: O Cavaleiro das Trevas", "Batman Ano Um", "Elektra Assassina", "Demolidor - O Homem sem Medo", só pra citar alguns) ambientadas na "Cidade do Pecado" divulgaram recentemente um novo trailer do filme.

Não são muitas as novidades em relação aos vídeos já divulgados anteriormente, fora um ou outro detalhe na montagem. O roteiro é baseado no volume homônimo da série em quadrinhos e também outras histórias, incluindo uma inédita em HQ e foi escrito a quatro mãos pelo próprio Miller junto com Willian Monahan (do ótimo "Os Infiltrados") e conta novamente com a dobradinha Robert Rodrigues/Frank Miller na direção. Voltam ao elenco a bela Jessica Alba (Nancy), Bruce Willis (Hartingan), Mikey Rourke (Marv) e Rosario Dawson  (Gail) com reforços de Josh Broolin (Dwight), Joseph Gordon-Levitt Eva Green, Ray Liotta, Juno Temple, entre vários outros.

A estreia está prevista pro dia 22 de agosto no mercado norte-americano e 11 de setembro no Brasil (miseravelmente, quase um mês depois.

Aperte o play e confira o novo trailer:

DC divulga na web novo curta de "Batman Beyond", de Darwyn Cooke

Após o recente lançamento de “Strange Days”, de Bruce Timm e ainda dentro das comemorações dos 75 anos de criação do Batman, foi lançado esses dias na web mais um curta do personagem, cuja versão escolhida foi a "Beyond" (conhecida no Brasil como "Batman do Futuro"), produzida por Darwyn Cooke ("Liga da Justiça: A Nova Fronteira").

Apesar do destaque maior ser pra essa versão específica do Batman, a homenagem do artista vai além e homenageia várias outras versões do personagem no vídeo de pouco mais de um minuto, mas que já se tornou um clássico pros fãs do homem morcego do mundo todo. Infelizmente ainda não consegui encontrar uma versão legendada do vídeo, que está com o áudio original, em inglês, mas assim que surgir uma disponibilizo aqui com o devido crédito. 

Aperte o play e confira:

Clique aqui e pra assistir "Strange Days".

Review: "A Revolta dos Dândis" (1987), dos Engenheiros do Hawaii

Arte de capa do 2º LP da banda.

Algum tempo após a publicação do review de “Longe Demais das Capitais” (1986), álbum de estreia dos “Engenheiros do Hawaii”, finalmente chegamos ao segundo passo da jornada dessa banda que até hoje tem dado muito o que falar no "Rock made in Brasil", sendo uma das que conseguiram manter o maior número de fãs fiéis que, mesmo com a atual “pausa por tempo indeterminado” decretada pelo líder da banda, permanecem seguindo seus passos em projetos paralelos, como o “Pouca Vogal” (2008-2012) e “Insular” (2013- ), seu primeiro álbum solo.

O segundo disco dos Engenheiros, “A Revolta dos Dândis” (1987) foi definitivo para a formação mais marcante e duradoura da banda, que definiu de vez sua sonoridade tornando-a aquela banda que ou você ama ou odeia (sem meio-termo, pelo menos até o “Acústico MTV”, de 2004). Tudo isso com apenas três integrantes: Humberto Gessinger (que substituiu a guitarra pelo baixo na grande maioria das canções), Carlos Maltz (Bateria) e o então novato na banda e exímio músico Augusto Licks (guitarra), que deu o toque final, determinando de vez a plástica da sonoridade da banda, sem simplificações, recheada de riffs, solos (distorcidos ou mais melódicos) e a acordes dissonantes.

A formação foi a mais conhecida e característica da banda

Várias são as canções marcantes do álbum, muitas delas reconhecidas até hoje como as melhores da banda, como “Infinita Highway”, que emula temas característicos da jovem guarda apesar da sonoridade tão distante, como a vida livre nas estradas em “As Curvas da Estrada de Santos”, escrita por Roberto Carlos quase 20 anos antes. “Refrão de bolero”, com seu início lento e sussurrado e final agressivo e desesperado é outro grande sucesso deste álbum, que conta ainda com ótimas canções como “Revolta dos Dândis I e II”, com mesmo arranjo em diferentes letras, tempos e instrumentos, mas ao mesmo tempo complementares (intratextualidade, pros amantes da gramática), uma característica que até hoje se repete tanto nos álbuns da banda quanto em outros projetos paralelos de Gessinger. É como se as canções da banda conversassem umas com as outras e estivessem em constante processo de mutação e, o melhor, quem ouve participa disso.

“Terra de Gigantes” é outra ótima canção do LP. Ela se utiliza do título de um antigo seriado americano pra mostrar a situação do jovem brasileiro, que se sentia e ainda sente um alienígena, pois não se reconhece nas produções culturais que são feitas especificamente para eles, se vendo como “uma banda numa propaganda de refrigerantes”, ou seja, sem saber ao certo o que e por que está fazendo as coisas. Mudam apenas as bandas, mas os refrigerantes continuam por aí.

Até mesmo as canções “Lado B” do disco (pouco conhecidas do grande público) geram interessantes reflexões sobre temas filosóficos ou políticos, como acontece com a crítica e filosófica “Filmes de Guerra, Canções de Amor”, que batizou um futuro (e ótimo) álbum ao vivo da banda, um dos mais bem elaborados da carreira e, definitivamente deu uma guinada pra melhor na produção da banda. Outra ótima canção que merece destaque é “Além dos Outdoors”, uma análise da aldeia global em que estamos inseridos e que hoje só cresceu em relação à época do lançamento dessa obra-prima da banda, com sua capa amarela com engrenagens, que se tornaram símbolo da banda. Um álbum que quem gosta, o mínimo, da banda tem obrigação de conhecer.

Humberto passou a tocar baixo na maioria das canções
a partir deste disco e Licks dominou a guitarra

Tracklist:

1."A Revolta Dos Dândis I"  

2."Terra De Gigantes"  

3."Infinita Highway"  

4."Refrão De Bolero"  

5."Filmes De Guerra, Canções De Amor"  

6."A Revolta Dos Dândis II"  

7."Além Dos Outdoors"  

8."Vozes"  

9."Quem Tem Pressa Não Se Interessa"  

10."Desde Aquele Dia"  

11."Guardas Da Fronteira"  



Clique aqui e leia o review do primeiro álbum da banda.

Clique aqui e leia o review do show "Insular" em Teresina.
Clique aqui e conheça o "Pouca Vogal".

HBO divulga primeiro tease da última temporada de "True Blood"

A divulgação da sétima (e última) temporada de “True Blood” já começou com a estreia recente na web do primeiro teaser do programa que tem estreia simultânea nas HBOs dos Estados Unidos e do Brasil no próximo dia 22 de junho, após o final da atual (e ótima, até agora) temporada de “Game of Thrones”.

A série de tevê foi criada por Alan Ball a partir dos livros "The Southern Vampire Mysteries" ("As Crônicas de Sookie Stackhouse", no Brasil), de  Charlaine Harris e apresenta uma abordagem bem diferente da que estamos acostumados relacionada à vampiros, que passam a consumir sangue sintético e teoricamente não representam mais uma ameaça aos humanos e começam a se integrar à humanidade, se tornando cidadãos na "pacata" cidade de Bon Temps, onde se passa grande parte da história.

As primeiras temporadas da série foram bem aceitas tanto pelo público quanto pela crítica, mas com o passar do tempo, muitas premissas boas da série foram sendo abandonadas pelo caminho e a história foi tomando rumos, no mínimo, estranhos. Nos resta aguardar e torcer pra que esta série tenha um bom final que merece, apesar dos pesares.

Aperte o play e confira o vídeo: