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sábado, 13 de agosto de 2016

Vamos falar sobre "Esquadrão Suicida"

Se tem um filme de super-heróis do Mainstream que tem gerado controvérsia nos últimos tempos é o esperadíssimo e recentemente lançado Esquadrão Suicida. Tem gente dizendo que é pura trilha sonora (aliás, é realmente muito boa) com uma história sem muita inspiração. Outros o defendem alegando que a baixa nota de apenas 27% concedida pelo site Rotten Tomatoes não passa de um lobby pesado da Marvel/Disney no sentido de desacreditar a produções da Warner sua retardatária e distinta concorrente.

O início do filme dirigido por David Ayer (Corações de Ferro) é uma breve apresentação dos personagens principais do filme, algumas, diferente do que muita gente vem dizendo, com uma trilha sonora muito pertinente, como Paranoid (Black Sabbath) logo na primeira aparição de Arlequina (Margot Robbie), aliás, um dos grandes destaques do filme, ao lado da ótima e durona Amanda Waller, de Viola Davis (Syriana, série de tevê How to Get Away With Murder).

O filme tem vários problemas, como as aparições pontuais do Coringa (Jared Leto), tão divulgado nas imagens promocionais, mas previsivelmente pouco aproveitado no corte final. Apesar de um pouco forçado, ficou claro que Leto (O Senhor das Armas, Clube de Compras Dallas) se esforçou no sentido de fazer uma leitura diferente do personagem dos clássicos e diferentes entre si apresentados por Jack Nicholson em Batman (1989) e Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas (2008). Muita gente criticou e tal, mas o fato é que o pouco tempo de tela realmente prejudicou o desenvolvimento do personagem, diferentemente do que ocorreu com em suas outras duas versões. Seu próprio intérprete reclamou publicamente do prejuízo que seu personagem sofreu no corte final do filme, inclusive perdendo algumas cenas já divulgadas nos trailers.


Muitos dos personagens são "bucha" mesmo e estão ali apenas como figurantes, mas outros acabam se mostrando interessantes, até certo ponto. O Pistoleiro de Will Smith (MIB, Bad Boys) tem vários momentos clichê, mas, verdade seja dita, no mínimo duas cenas memoráveis, uma inclusive com um personagem queridíssimo da DC

Mas... vamos ao principal: A história. 
Realmente a produção tem um clima diferente dos demais filmes já produzidos nessa proposta de Universo Compartilhado. Considero algo mais experimental, até porque os próprios personagens, como a Arlequina e o Coringa acabam permitindo experimentar algo diferente do que já havia sido feito (e deveras criticado pelo público) em outras produções. A maior parte do tempo acabou funcionando, pelo menos pra mim. Ao menos não havia uma Martha no meio pra fazer tudo na história mudar de rumo de uma hora pra outra, o que já é um ponto positivo.

A vilão foi até meio imprevisível, pelo menos nas fotos e trailers divulgados e tinha uma motivação meio forçada. O outro antagonista nem seu nome tem divulgado e tem poderes meio mal explicados e apesar de uma forçação de barra sentimentalóide em pleno clímax algumas reviravoltas acabaram sendo bem executadas, o que também contou  a favor da história.

O filme está longe de ser perfeito (na real, nesse meio super-heroístico a maioria deles está muito longe disso), mas também está longe de ser essa aberração geneticamente modificada que têm pintado por aí. É divertido até certo ponto, tem seus altos e baixos e momentos que se encaixariam muito bem em um melodrama de folhetim mexicano, mas nem por isso é tão ruim, afinal, se parar pra pensar, boa parte dos filmes baseados em quadrinhos do Mainstream apresenta seus personagens de forma parecida.

A dica final que deixo é: assista o filme e faça você mesmo sua opinião, pois eu fui com uma expectativa baixíssima (devido às muitas críticas negativas que já tinha lido), talvez, por isso quando vi o filme não o achei ruim. Não é nenhuma obra-prima da sétima arte, mas dá sim pra se divertir durante a projeção.

Finalmente: Saiu o primeiro trailer de "Mulher-Maravilha"

Recentemente a Warner Bros divulgou em seu painel na Comic-Con o primeiro trailer oficial do filme da Mulher-Maravilha, trazendo uma série de cenas da origem mitológica da personagem na Ilha Paraíso, passando pelo estranhamento dos primeiros contatos com a humanidade, sobretudo os homens, que ela nunca tinha visto e muitos, muitos momentos de ação ambientadas em algum momento da 1ª Guerra Mundial.

Mulher-Maravilha é mais o terceiro filme do universo compartilhado da DC Comics nos cinemas e tem direção de Patty Jenkis (Monster: Desejo Assassino, série The Killing) e é estrelado pela bela e exótica atriz israelense Gal Gadot (Velozes e Furiosos 4 e 6), com Chris Pine (Star Trek), Connie Nielsen (Gladiador, Advogado do Diabo) e Robin Wright (House of Cards). A estreia está prevista para 1º de junho de 2017.