Review: "Vikings" - 1º temporada

Já faz um tempo que a Taverna tá devendo um review das temporadas Vikings, ótima produção do irlando-canadense do History Channel criada por Michael Hirst (The Tudors), cuja primeira temporada, sobre a qual nos debruçaremos agora, estreou em 03 de março de 2013 simultaneamente nos Estados Unidos e Canadá. A, cuja trama é centrada na baixa Idade Média, é filmada na Irlanda, narrando a história do guerreiro Ragnar Lothbrok (em excelente e cínica atuação de Travis Fimmel), que inicia a série como um fazendeiro que ocasionalmente saqueia cidades vizinhas em nome de seu earl (espécie de senhor feudal nórdico) Haraldson (Gabriel Byrne), líder de sua região, porém com a visão estreita quanto à expansão de suas conquistas. Ele acaba sendo desafiado pelo visionário Ragnar, rendendo várias reviravoltas interessantes.

Nesta primeira temporada já é bem perceptível o clima de conspiração e conflitos internos e externos (nem sempre armados) que deve permear toda a série, com cada personagem tendo sua própria história e motivações, muitas vezes, bem pouco honrosas. Ninguém está lá à toa e o elenco, muito bem selecionado, inclui Clive Standen, como Rollo, irmão e eterno rival de Ragnar, inicialmente pelo amor de sua linda e guerreira esposa Lagherta (Katheryn Winnick),  posteriormente em busca de sair de sua sombra. O veterano Gabriel Byrne dispensa apresentações, representando magistralmente o suserano de Kattegat, região onde este grupo de nórdicos vive e  se passa a maior parte da história. Destaque também pras ótimas atuações de Gustaf Skarsgård como Floki, um construtor de barcos e fiel amigo de Ragnar, Jessalyn Gilsig, como Siggy, esposa do Earl Harldson, que passa por uma interessante reviravolta ao longo dessa primeira temporada e George Blagden, que vive Athelstan, um monge católico anglo-saxão do mosteiro de Lindisfarne, capturado por Ragnar em sua primeira incursão a terras britânicas. 

Athelstan acaba se tornando amigo do Ragnar, o que acaba rendendo ótimas cenas cheias de momentos marcantes, devido aos claros confrontos entre culturas e crenças tão diferentes. A amizade deles é colocada à prova no final dessa temporada, que no geral tem um ótimo ritmo, até chegar aos dois últimos capítulos, quando dá uma parada e fica mais filosófico e melancólico, uma espécie de suspiro, após as grandes e memoráveis batalhas que marcaram os primeiros episódios. 

Confesso que após os 9 episódios desta temporada, devido ao clima dado em seu último episódio, fiquei um pouco desanimado pra assistir a segunda temporada, mas não me arrependi nem um pouco de dar uma nova chance à série, pois se tratava apenas a calmaria antes da tempestade, que é toda a vindoura temporada, onde ganham destaque o rei Horik (Donal Logue) e a princesa Aslaug (Alyssa Sutherland), por quem Ragnar se encanta, quando a conhece em uma de suas viagens.

Rollo, Ragnar e Lagertha

Digno de nota toda a caracterização tanto de fotografia - com lindas imagens, construções e embarcações de madeira que remetem à época em que se passa a série - quanto dos personagens, sempre com vestimentas e acessórios que nos ajudam a viajar no tempo e espaço, realmente entrando de cabeça na cultura e crenças de um povo que conhecemos tão pouco, de cultura guerreira, que, inclusive, inclusive as mulheres, que têm um tipo de posicionamento social e liberdade só experimentado muito tempo depois por outros povos ditos muito mais civilizados que eles. 

No Brasil as duas primeiras temporadas da série estão disponíveis pelo serviço de streaming da Netflix, infelizmente ainda sem previsão de estreia da terceira, que já estreou, inclusive, que inclusive ganhou sua conclusão lá fora. 

Em breve teremos novos reviews. Você não perde por esperar. 

Criador de "Samurai X" vem ao Brasil pra Fest Comix

O gerente de conteúdos da editora JBC, Cássius Medauar anunciou recentemente que ninguém menos que Nobuhiro Watsuki, criador de Rurouni Kenshin (também conhecido por aqui como Samurai X) é um dos convidados da Fest Comix deste ano. A informação foi repassada na 35ª edição do Henshin Online, disponível no youtube, juntamente com algumas informações sobre os próximos lançamentos, como o relançamento de Chobits (do grupo CLAMP), atendendo um velho pedido dos fãs por esse material, há muito esgotado no mercado.

A Fest Comix acontece entre os dias 17 e 19 de julho, no São Paulo Expo (ex-Expo Imigrantes), em São Paulo.

Vertigo/DC vai publicar HQ com prelúdios de "Mad Max: Estrada da Fúria"

Saindo direto das telas de cinema o mundo desolado de Mad Max está invadindo também as HQs com Mad Max – Fury Road nº1: Nux & Immortan Joe, primeira edição de uma série (ou minissérie, a editora não deixou claro) da Vertigo/DC, dedicada contar alguns prelúdios do sucesso de ação, que pouco se esforçou em contar as origens de seus carismáticos e grotescos personagens. Como é possível inferir pelo próprio título, essa primeira edição conta as origens do warboy Nux, interpretado no filme por Nicholas Hoult (X-Men – Primeira Classe), que já nasceu em meio ao caos que vimos no longa e de Immortan Joe, vilão de Hugh Keays-Byrne (que também fez o primeiro Mad Max, de 1979), que, acredite você ou não, já foi se chamou coronel Joe Moore e foi herói de guerra.

A história ficou por conta do próprio George Miller (criador da trilogia original, que também dirigiu novo filme) ao lado de Mark Sexton, Nico Lathouris, com arte de Leandro Fernandez (X-Factor), Riccardo Burchielli (DMZ), com capas de Tommy Lee Edwards (Os Invisíveis, Matrix). O próximo volume deve contar a origem da bela e perigosa Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) e ainda não foram divulgadas informações importantes, como quantos volumes serão ou quais os outros personagens ganharão histórias.

No Brasil o material da Vertigo/DC é publicado pela Panini, que até o momento, não manifestou se tem ou não intenção de trazer essas histórias pros leitores brazucas, muito menos, previsão pra que isso aconteça. Tomara que cheguem. E logo...