Hoje (30/01) é celebrado o "Dia do Quadrinho Nacional", em homenagem à data de publicação do primeiro quadrinho brasileiro: "As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte", publicada em 30 de Janeiro de 1869, com texto e arte do imigrante italiano Angelo Agostini, já contando uma história com arte sequencial, com texto, histórias contínuas, comicidade e crítica política e social, com uma "pegada" tipicamente brasileira, apresentando a imagem do "caipira", que posteriormente se tornou uma marca da cidade de Piracicaba, São Paulo. Angelo Agostini também nomeia um dos mais importantes prêmios de profissionais da área no Brasil.
Imagem resgatada da obra que inaugurou as HQs no Brasil
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Em homenagem à esta data tão especial pra quem, como nós, ama os quadrinhos, preparamos aqui uma pequena seleção de alguns dos artista brasileiros representativos. Lembrando sempre que nenhuma lista é definitiva e que a intenção aqui é muito mais exemplificativa que definitiva, pois muitos são os artistas importantes e resumir a poucos seria realmente descabido.
Confira:
Um artista que, com certeza, marca presença em qualquer lista desse tipo. De longe, o mais bem sucedido e longevo artista de quadrinhos brasileiro que, desde o final da década de 50 vem tendo seu trabalho publicado, primeiramente em tirinhas de jornais e posteriormente em revistas mensais, principalmente em "formatinhos". Criou importantes personagens, como a própria Mônica, Cebolinha, Magali, Chico Bento, Astronauta, Bidu, etc. Hoje seu trabalho tem buscado atingir diferentes públicos com a publicação das Graphic MSP, apresentando abordagens diferenciadas de seus personagens pela visão de diferentes artistas nacionais, "Turma da Mônica Jovem", entre outros. Suas histórias já se tornaram animações, séries e filmes e rendem muitos produtos licenciados até hoje.
Começou a trabalhar com quadrinhos na década de 70 na revista Balão, trabalhou ainda nas revistas Banas e Placar, depois começou a trabalhar em jornais com tirinhas engajadas pela democracia brasileira, ainda durante a Ditadura Militar, como os Piratas do Tietê. Entre seus principais trabalhos está a revista Chiclete com Banana. Também trabalhou em scrips pra TV pra programas humorísticos da Rede Globo, como TV Pirata, Sai de Baixo e TV Colosso.
Mais um artista nacional da "velha guarda". Começou a trabalhar com quadrinhos no final da década de 70, incialmente na revistá erótica Eros, da editora Grafipar, de Curitiba. Trabalhou também com faroeste em Jackal e Zamor, o Selvagem (ambos criados por Franco de Rosa) e teve também importantes trabalhos publicados pela Editora Abril, chegando, inclusive a produzir capas para a revista Espada Selvagem de Conan - O Bárbaro e a produzir algumas histórias publicadas na extinta revista Aventura e Ficção. Foi um dos primeiros artistas brasileiros a trabalhar no mercado norte-americano na década de 90, chegando a trabalhar com os personagens Glory (Extreme Studios), Star Wars e Gamera (Dark Horse). seu personagem bárbaro Brakan ganhou republicação recente pela Editora Universo Fantástico. Entre suas principais influências o autor apontou artistas de diferentes estilos, como Hal Foster, Alex Raymond, Jack Kirby, Gene Colan, Frank Frazetta, John Buscema, Moebius, Júlio Shimamoto, Flávio Colin, Eugênio Colonese, Jayme Cortez, Hiroaki Samura, Mike Mignola, Paolo Serpieri, entre outros. É autor de um famoso curso de desenho para quadrinhos.
Basta dizer que é o criador de "O Menino Maluquinho", obra que já ganhou adaptações tanto em quadrinhos quanto, já livro ilustrado, desenho animado animado e filme pra cinema. Ziraldo ficou conhecido nacionalmente através da revista "O Cruzeiro", em 1957, passando em 1963 pro Jornal de Minas e, também publicou personagens como Jeremias, o Bom; Supermãe e Mirinho.
Foi também um dos fundadores do periódico "O Pasquim", de oposição ao Regime Militar no Brasil e acabou sendo preso no período. Outros destaques de sua carreira foram a "Turma do Pererê" e a revista de humo sobre o cotidiano "Bundas", em "homenagem" à conhecida revista "Caras".
As adaptações cinematográficas foram "O Menino Maluquinho - O Filme" (1995), "O Menino Maluquinho 2 - A Aventura" (1998) e "Uma Professora Muito Maluquinha" (2010), estrelado pela atriz global Paolla Oliveira.
Impossível falar de artistas de quadrinhos brasileiros sem citar Mike Deodato Jr., um dos que primeiro trilhou o caminho até chegar no mercado norte-americano e, também, um dos que chegou mais longe, em títulos como Mulher-Maravilha, Thor, Hulk, Homem-Aranha, Vingadores, Vingadores Sombrios, entre outros de grande destaque. O desenhista é filho do também quadrinhista Deodato Borges, que lhe apresentou trabalhos de grandes artistas, como Will Eisner e Burne Hogart.
No final dos anos 70, ainda adolescente lançou o fanzine "O Ninja", em parceria com o roteirista José Augusto. Nos anos 80 publicou várias charges e cartuns em jornais da Paraíba, até lançar o personagem "Carcará" em parceria com seu pai, "3000 Anos Depois" e "Ramthar", as duas últimas acabaram sendo publicadas na europa pelas revistas Schwermetall (Alemanha) e Métal Hurlant (França), versões da revista Heavy Metal dos referidos países.
Deodato tem um traço fluido que, em alguns momentos lembra o que foi feito por artistas clásssicos das HQs norte-americanas, como Carmine Infantino, Gil Kane e Sal Buscema, também se aproximando de outros mais contemporâneos seus, como George Perez, Jim Lee, etc. Seu domínio de claro e escuro se mostra muito além de vários outros artistas e mais recentemente ousou ainda mais em sua arte, buscando um estilo mais estilizado-realistas e, em outras histórias mais autorais fez alguns trabalhos mais conceituais, passeando por um estilo mais cartum e caricatural.
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