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Nos últimos números a publicação vinha com alguns problemas
referentes a atrasos e fim das assinaturas, que acabaram gerando acaloradas discussões
em vários fóruns sobre o tema. Recentemente a publicação deu uma boa adiantada
na série “Escalpo” (Jason Aaron e R.M. Guéra), que se encerraria na sexagésima edição
original americana. Com isso, bem antes da confirmação por parte da editora, já
se desenhava aos fãs que em um futuro próximo a revista, que além de servir como
“dose mínima” mensal de HQs com temáticas mais voltadas pra um público adulto
(ou “maduro”, se preferir assim), também era uma vitrine (com seus previews) sobre as publicações
do selo que viriam em encadernados tanto pra livrarias, quanto pra bancas, os
que têm se mostrado mais favoráveis ao público e a editora na configuração atual
do mercado de quadrinhos.
Nessa última edição, o fiel leitor que acompanhava a mensal
pode finalmente conhecer o final da série "Escalpo", sem dúvida, a melhor e mais
constante da publicação, pois desde o primeiro número é a principal presença no
mix, em algumas como nessa última, contando com mais de uma edição americana
(foram as edições 58, 59 e 60, em Vertigo 51). O arco de “Hellblazer” que vinha
sendo publicado também teve seu final publicado e a série, que é a mais
longeva entre todas as do selo (são 300 edições!!!) , deve continuar em encadernados, cujo primeiro (“Índia”)
já deve estar chegando por aí.
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Pôster com a capa de Escalpo 60 |
Uma surpresa bem vinda foi um guia nas últimas páginas da
revista com tudo que foi publicado na mensal desde sua primeira edição em
outubro de 2009 (quanto tempo, hein?) até esta última. Nele o leitor pode conferir
as capas de todas as 51 edições e um breve resumo sobre as publicações de cada
uma delas. O editor da revista, Fabiano Denardin, concebeu ainda um inspirado editorial
dando ao leitor uma breve visão sobre o que é fazer parte da produção de uma
revista mensal desse tipo, agradecendo-o pela fidelidade até o fim, reconhecendo os
erros cometidos ao longo do caminho e garantindo que o selo ainda deve ter
longa vida por aqui, apesar das mudanças que está passando. A cereja do bolo
mesmo foi um pôster com a capa da edição 60 de Escalpo pelas mãos do artista
britânico Jock, que ilustrou a grande maioria das capas da série.
Ao que tudo indica o fim da publicação está parecendo mais
um ajuste ao mercado, que tem recebido melhor os formatos encadernados, com
arcos completos de história, como aconteceu com as já encerradas “100 Balas”, “Y:
O Último Homem” e “Ex-Machina”, só pra citar algumas. O problema que ficou foi
o fato dos previews que eram postos na mensal, mas parece que já vem sendo
sanado com sua publicação no próprio hotsite Vertigo, que andava meio abandonado
nos últimos tempos. A editora já prometeu várias novas séries e conclusão de
algumas em andamento, como você pode conferir aqui. Então, apesar dos pesares,
as expectativas sobre o selo no Brasil ainda permanecem altas. Vamos continuar
torcendo pelo melhor. Longa vida à Vertigo no Brasil. E parabéns à editora pelo
respeito demonstrado aos leitores desde o primeiro até o último número da
mensal.
Obs. Este editor/redator desse texto não recebe qualquer patrocínio ou ajuda de custo da editora, apenas como produtor de informação e leitor assíduo do selo, reconhece o esforço feito pela Panini nos últimos anos, sobretudo com a Vertigo, e, por esse motivo, se sentiu na obrigação não apenas de passar a informação em si, mas fazer uma breve análise (pessoal) sobre a atual situação do selo no Brasil e o que deve vir pela frente.
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