A discussão: Forma x Conteúdo é tão antiga que nem vale a pena procurar pelo contexto de seus primórdios, mas pode nos levar e também os empresários de vários ramos, como o do entretenimento (que é o que aqui tratamos) a pensar sobre o assunto e, dessa forma, tentar maximizar os resultados das vendas dos produtos que colocam no mercado. Colocarei aqui dois exemplos para que possamos alargar um pouco os horizontes do assunto, ou, pelo menos, pôr mais lenha na fogueira. O que também é muito válido, pois pode gerar algum resultado positivo, quem sabe?
No mundo pop essa discussão é muito válida, quando se leva em consideração o lançamento livros e HQs (Graphic Novels), por exemplo, um formato muito luxuoso e recheado de extras quase sempre acaba se elitizando o produto que, a princípio, é descompromissado e juvenil. O que seria, no mínimo, uma contradição por reduzir ainda mais o público de um produto que já é considerado de nicho.
Uma boa alternativa para se contornar o problema, que já é feito nos mercado norte-americano há tempos e aos poucos os empresários do nosso vem tomando como exemplo, é o lançamento do mesmo produto em mais de uma versão. Com opção de capa dura e papel de qualidade ou capa mole e papel mais barato, com ou sem os famosos “extras”, que algumas vezes são muito interessantes, mas noutras não passam de pequenos “fetiches” para leitores mais fanáticos que, no final das contas, só servem para aumentar os preços e afastar muitos possíveis leitores com menos dinheiro disponível para gastar.
A Panini, maior editora de quadrinhos do país vem lançado alguns de seus produtos dentro dessa lógica, como as “Graphic MSP” (aqui já tratadas em outra ocasião), que têm opção em capa dura ou mole, com preços diferentes ou mesmo Watchmen, que quando lançada por esta editora pela primeira vez veio com opção em volume único, em capa dura e papel couchê ou em capa mole e papel pisa-brite dividida em dois volumes.
A Panini, maior editora de quadrinhos do país vem lançado alguns de seus produtos dentro dessa lógica, como as “Graphic MSP” (aqui já tratadas em outra ocasião), que têm opção em capa dura ou mole, com preços diferentes ou mesmo Watchmen, que quando lançada por esta editora pela primeira vez veio com opção em volume único, em capa dura e papel couchê ou em capa mole e papel pisa-brite dividida em dois volumes.
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A opção da Devir: mesma capa para as duas versões |
Outra solução interessante é a criação de um meio termo, como aconteceu recentemente com “Livros da Magia”, de Neil Gaiman, uma minissérie completa com capa dura e papel de qualidade pelo preço de pouco mais de R$ 20. O segredo? Impressão na Ásia, que reduz significativamente os custos de produções e se reflete positivamente para o mercado no preço e qualidade do material.
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Capa da edição de estreia da mensal The Walking Dead no Brasil |
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Capa do primeiro volume encadernado da série |
Interessante esse mercado, que desde sempre ofereceu o produto em várias versões para agradar diferentes tipos de consumidores. Já vi em um, dois, ou até três discos, com vários extras (e preços astronômicos) para agradar os fãs mais exigentes. Veja bem. Com isso, todos ganham. A pessoa escolhe a configuração do produto que melhor atende seus interesses: Se deseja só o filme, beleza, se deseja o filme, mais documentários e um monte de informações, também.
Assim todos ganhariam e o mercado se tornaria mais saudável, ao tempo em que quem desejar um produto, poderá tê-lo exatamente do jeito que atende seus interesses.
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