
O protagonista apresenta um bom desenvolvimento durante a trama e os personagens coadjuvantes conseguem ter seus momentos de glória na fita, com a Jane Foster (a oscarizada Natalie Portland), interesse romântico do protagonista, se tornando uma peça chave para o desenrolar do enredo, a mãe de Thor, Frigga (Rene Russo) também é outra, que em poucas cenas consegue mudar todo o andamento do filme.
Mas o destaque mesmo, como sempre, vai para Loki, que consegue ser muito mais interessante e sarcástico que nas HQs, o que se deve muito à brilhante atuação de Tom Hiddleston, que muitas vezes consegue até roubar a cena, tornando-se inclusive mais interessante que o próprio Thor (Chris Hemsworth) e, indiretamente contribuindo para que o personagem de seu irmão ganhe maior destaque devido à relação dos dois. As melhores cenas, com certeza, são as que ele está presente. Inesquecível a que ele fica mudando de aparência enquanto conversa de forma descontraída com seu irmão.
A direção dessa vez ficou por conta de Alan Taylor, que veio de ótimas séries de TV, como "Game of Thrones", portanto, trazendo uma abordagem diferente e de qualidade para compor Asgard, por exemplo (que ficou menos iluminada e mais suja que no primeiro filme) e para conduzir a trama de forma coerente e eficaz.
Interessante salientar que nos cinemas o Thor (até mesmo seu uniforme) é uma espécie de amálgama do personagem do Universo Marvel tradicional com o do Universo Ultimate (mais atualizado), diferentemente do que aconteceu com os demais personagens, onde praticamente tudo que se passou no tradicional foi rejeitado, criando-se a gênese da história basicamente de "Os Supremos", de Mark Millar (roteiros) e Brian Hitch (arte).
Trata-se de um bom filme de ação para quem procura por isso. O único detalhe negativo, que também percebi em "Homem de Ferro 3" (de Shane Black), que meio que praticamente isolou completamente o personagem do Universo Marvel nos cinemas que está em crescimento no cinema. Poxa, não era preciso que todos aparecessem e ajudassem Thor a lidar com Malekith, mas o universo estava em perigo e é necessário, pelo menos, dar uma boa desculpa para que eles não possam ajudá-lo em uma crise tão grande. A desculpa poderia ser até mesmo os problemas que cada um deles vem enfrentando em seus longas. Já tava valendo.
Sobre o enredo (Praticamente sem spoilers):
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Loki: ótima atuação de Tom Hiddleston |
Os mundos estão entrando em convergência, que é um momento único, onde há espécies de buracos de minhoca entre os nove reinos e se pode viajar entre eles sem necessidade de passar pela Ponte do Arco-Íris (ou Bifrost) ou qualquer outro artifício, como se tivesse entrando sorrateiramente por uma janela de um mundo para o outro. Destaque para a cena de batalha que se passa em todos os mundos ao mesmo tempo e termina de forma, no mínimo, inesperada.
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