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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cineasta brasileiro é destaque de capa de revista nacional

Cartaz recente de divulgação do filme
Capa da Veja
A capa desta semana da revista "Veja" é uma imagem que coloca frente a frente um homem e diante do que parece ser um ciborgue (ser humano com o corpo que mescla partes orgânicas e cibernéticas) com a seguinte manchete: “O HOMEM VENCEU A MÁQUINA”. Pode até não parecer nada demais pra quem não tem um certo conhecimento prévio sobre o assunto que, à primeira vista, deve acreditar que se trata de uma matéria sobre os avanços da tecnologia ou coisa parecida. Mas o homem em questão é o diretor brasileiro José Padilha, de "Tropa de Elite" (2007) e "Tropa de Elite II – O Inimigo Agora é Outro" (2010) e o ciborgue, a nova versão do Robocop, que chega aos cinemas no próximo dia 21/02 com sua assinatura.

A situação é nova, por mostrar um diretor de cinema brasileiro ousado, que por meio de muita luta e uma interessante curva no caminho (a grande pirataria do primeiro “Tropa de Elite” que, ao contrário do que se esperava, surpreendentemente levou mais pessoas ao cinema pela divulgação), acabou mostrando sua capacidade e ousadia fazendo um segundo filme que expandiu ainda mais a história, adentrando a política e expondo os reais motivos do aumento da violência no país, que é estrutural e resume-se em uma palavra: corrupção!

Um dos primeiros
posters do Remake
E é a partir de então que chegamos ao presente, com Padilha dirigindo seu primeiro filme para Hollywood, um remake de Robocop, que trata sobretudo de injustiças sociais, expansão da violência em uma grande cidade, corrupção e traições (a praia do diretor), dentro de um contexto de ficção científica que, na verdade, apenas amplia o momento em que estamos hoje, onde os drones (veículos aéreos não tripulados com fins militares e controlados a distância) usados com o intuito de poupar vida de militares e recursos são adaptados para combater a criminalidade dentro da população civil nos Estados Unidos.

A ideia não é bem aceita pelos norte-americanos e eis que o homem de negócios da OmniCorp, Raymond Sellars (Michael Keaton), na intenção de cair nas graças do povo americano, tem a ideia de criar um robô que tenha consciência humana, e vê surgir a oportunidade perfeita pra por seu plano em prática quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado e pra sobreviver precisa da inserção de vários mecanismos cibernéticos para sobreviver, inciando aí uma nova mitologia que a todo momento põe em xeque o quanto a humanidade pode ganhar ou perder com a inserção desse novo elemento cibernético em nosso cotidiano. 
Cartaz do filme de 87 

Robocop já teve um trilogia no cinema: "Robocop, O Policial do Futuro" (1987), "Robocop II" (1990) e "Robocop III" (1993), uma série de tevê em live-action e ainda uma outra série em desenho animado. A novidade desse novo filme é exatamente o diretor brasileiro, que tem a visão e a coragem necessária para dar nova ar à franquia, que andava em baixa há muitos anos e agora ganha novo fôlego. Outro diferencial é que antes o protagonista tinha uma grande desvantagem, que era a lentidão de seus movimentos, que acaba tornando-o alvo fácil em algumas situações, e foi totalmente removida, ganhando uma agilidade tal ao ponto de pilotar uma moto em grande velocidade e encarar criminosos em uma luta sem armas de fogo.

Confira abaixo um dos trailers do filme: 


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