Categorias

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Review: primeira temporada de The Walking Dead

Os mortos estão voltando pra devorar os vivos
Aproveitando a volta de “The Walking Dead” (AMC) à tevê, finalmente começarei as resenhas das temporadas desta série, que adapta a HQ homônima, e é o maior sucesso da atualidade, derrotando até mesmo a também poderosa (e ótima) “Game of Thrones” (HBO), como aconteceu no ano passado, quando a estreia da terceira temporada desta coincidiu com o último episódio também da terceira temporada daquela, batendo em muito os números de audiência da concorrente.

A série é uma criação de por Frank Darabont e tem Robert Kirkman (escritor da obra original) como produtor executivo e surgiu como uma surpresa bem-vinda na segunda metade de 2010, adaptando, expandindo e criando, ora desvios ora atalhos, diferenciando-se e ao mesmo tempo, complementando os quadrinhos, com alguns novos personagens e a ausência de outros, sendo os dois, em suas mídias, ótimas obras que misturam drama e terror numa trama pós-apocalíptica, que nos leva a refletir sobre o que cada um de nós é capaz de fazer quando nos encontramos no limite, temendo não apenas os mortos, mas também os vivos, que tantas vezes agem de forma traiçoeira a fim de atingir seu objetivo principal: a sobrevivência.



A trama
Aviso: recheado de Spoillers. Leia por sua conta e risco

Elenco principal da 1ª temporada da série
A primeira temporada começa com uma conversa banal entre o auxiliar de xerife de uma pequena cidade americana, Rick Grimes (Andrew Lincoln) e seu parceiro e amigo de longa data Shane (Jon Bernthal), num típico estereótipo de “policial americano comendo rosquinhas”, até que recebem um chamado pelo rádio e seguem em busca de alguns criminosos. Seria uma batida policial comum, não fosse o fato de Rick ser alvejado por e ficar em coma. 

Quando acorda, percebe da pior forma possível que não poderia ter ficado apagado em um momento pior. Não tinha ninguém vivo no hospital, vários corpos devorados, mutilados e uma porta fechada com um aviso que dizia algo como: “Não entre. Mortos aqui dentro.” De repente, mãos cadavéricas começam a forçá-la, tentando abrir e ver o que se passa do lado de fora. O protagonista sai do hospital e vê que aconteceu alguma coisa durante seu estado de coma. A cidade estava abandonada e cheia de cadáveres pela rua. 

Rick sai em busca de respostas percorrendo a cidade e acaba chegando ao local onde costumava ser sua residência em busca de sua mulher, Lori (Sarah Anne Callies) e seu filho, Carl  (Chandler Carlton Riggs). O local está abandonado, ele passa então a checar a vizinhança e acaba conhecendo de forma inusitada Morgan (Lennie James) se filho Duane (Adrian Kali Turner), que estavam abrigados na casa de um vizinho do protagonista e, após perceberem que se tratava de um vivo e algumas explicações, passaram a ter uma relação mais amigável e seguiram para a delegacia onde Rick trabalhava em busca de armamento e suprimentos para iniciar uma busca pelos seus familiares.

Após quase morrer novamente Rick encontra sua família
Com informações passadas por Morgan e, sabendo que sua esposa tinha parentes na cidade de Atlanta, Rick segue em direção a cidade e tudo que vê pelo caminho é morte, casas e armazéns saqueados e indícios de desespero por toda parte. Chegando ao destino, percebe que a cidade também havia sido tomada pelas criaturas que as pessoas estavam se tornando após a morte: os zumbis. Após quase se tornar uma vítima desses seres, Rick encontra o jovem Glenn (Yeun Sang-yeop) que lhe ajuda a sair daquela situação desesperadora, levando-o ao acampamento nas proximidades da cidade onde ele e seus amigos estavam vivendo, à espera de um possível resgate patrocinado pelo governo, que acreditavam ainda estar estabelecido, local onde Rick descobre que sua esposa, seu filho e seu parceiro não apenas estão vivos, como fazem parte desse grupo de sobreviventes. A partir daí egos passam a se chocar e o problema com os zumbis passa a ser uma mera desculpa para se contar uma ótima história sobre pessoas vivas. Os vivos são os mais perigosos, por serem imprevisíveis e, por esse motivo, o grupo, que voltara a cidade em nova missão, acaba deixando um dos seus integrantes pra traz para proteger os demais. A decisão foi tomada por Rick, que depois se arrependeu e voltou pra buscá-lo, encontrando apenas indícios do que teria ocorrido.

O grupo volta ao acampamento e sofre um ataque de uma horda de walkers (ou errantes, como eles chamam os zumbis), sofrendo várias baixas, como a irmã de Andrea (Laurie Holden), que ao longo da trama vai se tornando uma personagem importante para a sobrevivência do grupo. Um outro personagem também é mordido por um zumbi e tem que tomar uma difícil decisão enquanto passava pelo processo de transformação e após a perda o grupo decide procurar pelo CDC (Centro de Controle de Doenças), cujos arredores estavam apinhados de zumbis. Com muito esforço conseguem entrar no local e descobrem que apenas um médico cientista estava vivo. Em conversa particular com o salvador de seu grupo, Rick descobre algumas informações importantes sobre como a infecção se espalha, entre outras coisas.

Robert Kirkman e suas criaturas que são
sucesso tanto nas HQs quanto nas telinhas
A primeira temporada acaba com uma inesperada explosão suicida do CDC, causada pelo próprio médico que tentou matar todos por acreditar que seria impossível a ele ou àquelas pessoas viverem por muito mais tempo, já que os suprimentos estavam acabando e sair do local também seria uma missão suicida. Rick, Lori, Carl, Shane, Andrea e alguns outros personagens conseguem fugir antes da explosão e fica no ar a dúvida sobre como será a situação daquele pequeno grupo dali pra frente.

No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Fox nas noites de terça-feira (dois dias após a estreia nos lá fora, o que é uma pena) e também pela Band, que atualmente exibe a terceira temporada da série às quintas-feiras.

A Crítica
A série teve um ótimo início e, apesar de ter alguns desvios ficando meio melodramática demais em algumas situações, mostrou grande potencial nesta primeira temporada, que foi, sob muitos aspectos explorado nas demais, que comentaremos aqui em breve. E olhe que tudo isso foi contado em apenas seis episódios, com recursos limitados, por ainda se tratar de uma aposta da emissora tentando vingar. O que acabou ocorrendo e hoje já está na quarta temporada. Como eu já disse aqui e em outros locais, a temática da série é a sobrevivência em si, e isso pode render ótimas histórias, servindo até como uma forma de auto-conhecimento para quem assiste, ao se perguntar: como eu agiria em uma situação como essa?

Destaque para o clima de tensão que não para de crescer entre os velhos amigos, devido às constantes posições antagônicas em que se encontram e por um motivo um tanto mais íntimo, como se pode perceber ao longo da história. Outra grata surpresa são os irmãos Merle (Michael Rooker) e Daryl (Norman Reedus), que complementam a trama junto com Shane, se mostrando como anti-heróis, nos fazendo pensar qual papel reprentaríamos nesse jogo pela sobrevivência , o que pode variar, de acordo com cada situação extrema que é imposta aos personagens.

 

Para ler outros textos sobre a série já publicados aqui na Taverna Pop clique aqui ou   aqui e boa leitura. Ah. Uma última informação: quem é fã da série aqui no Brasil pode acompanhar notícias, críticas e várias informações interessantes, como a comparação do que se passa na série em confronto com a história da HQ no The Walking Dead Brasil. Basta clicar no link pra conferir. Vale a pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se você curtiu o blog ou este artigo, ou mesmo quer deixar alguma mensagem crítica no sentido de tornar esse espaço mais aconchegante e de melhor leitura, deixe seu comentário. Ele é muito importante como incentivo desse trabalho continuar. Os comentários serão moderados antes de sua publicação. A intenção é evitar discussões pessoais entre nossos leitores. Aguardo seu comentário.