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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Dias de um Futuro Esquecido" tem tudo pra se tornar o melhor dos mutantes

Um dos banners de divulgação do novo filme, mesclando 
imagens dos personagens em diferentes épocas
Quem era “grandinho” no ano 2000 e curtia (ainda que remotamente) HQs foi agraciado com uma ótima novidade nos cinemas: “X-Men – O Filme” (Fox), do diretor Brian Singer (ainda pouco conhecido), com um elenco relativamente desconhecido do grande público, mas com alguns nomes de peso em papéis de destaque, como Ian Mckellen (Magneto) e Patrick Stewart (Prof. Xavier) e um roteiro que misturava muito do que encontrávamos nos quadrinhos (preconceito, ideias antagônicas, mas consistentes, do que seria bem e mal) com fortes tons de ficção científica (“SciFi”), sentido na forma como as coisas são explicadas, assim como os próprios uniformes dos personagens, que foram adaptados à roupas mais “práticas” e menos coloridas (couro preto estilizado), tirando um pouco do que poderia soar pueril nos personagens.

O diretor teve o mérito de explorar o universo mutante de uma forma tão interessante que acabou sendo a chave que abriu a porta a tantos outros personagens de diferentes editoras, mas, sobretudo da Marvel e DC, que há anos não ganhavam filmes de qualidade, salvo raríssimas exceções. Daí veio a também excelente (mas controversa) trilogia do "Homem-Aranha" (Sam Raimi) da Sony, por exemplo, e a, praticamente irretocável, trilogia do "Cavaleiro das Trevas" (Christopher Nolan), da DC/Warner Bros. A força dos X-Men no cinema foi tão grande que acabou fazendo o sentido inverso, se refletindo nas HQs que a inspiraram, que passavam pelas mãos do grande roteirista Grant Morrison no início dos anos 2000, que logo no de cara escreveu o que chamou de “Manifesto Morrison”, apresentando aos leitores o que planejava fazer aos mutantes em sua passagem pelo título, considerando acertada a ambientação dada à história nos cinemas.

Personagens nos anos 70, uma das linhas
temporais exploradas na nova trama
O ressurgimento do Universo X nos cinemas
O motivo principal dessas linhas é que, após o terceiro filme dos mutantes, devido a algumas pedras pelo caminho (mudança de diretor e furos estranhos no roteiro, por exemplo), a franquia andava meio morna nos cinemas, apesar do lançamento do esquecível primeiro filme do “X-Men Origens: Wolverine”, de 2009. Mas eis que dois anos depois surge “X-Men: Primeira Classe”, uma nova aposta da Fox com custos bem inferiores ao da trilogia original, portanto, bem menos pretensiosa, mas que, nas mãos do diretor Mattew Vaughn e com produção de Singer,  os ótimos atores James McAvoy e Michael Fassbender, nos papéis de Xavier e Magneto, respectivamente, que nesse novo filme são os grandes protagonistas e uma trama que se passa nos anos 60, em plena guerra fria e explora muito bem o clima de tensão do período incluindo de forma verossímil a existência dos mutantes acabou por tornar-se uma pérola que acabou dando novo ar à franquia.

O sucesso foi tão grande quanto inesperado (até os personagens eram poucos conhecidos) e possibilitou um novo filme unindo as duas histórias por um meio que ainda vamos descobrir, quando for lançado o filme “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, baseado na saga homônima nas HQs publicada no início dos anos 80, com roteiro de  Chris Claremont e arte de John Byrne. O filme estreia em maio desse ano, já sendo considerado o filme mais caro baseado em HQs, principalmente pelo alto custo com o elenco, que conta com alguns, hoje, mega-astros. Pra aquecer os motores, ano passado já foi lançado o segundo filme de “Wolverine Imortal” (James Mangold), bem superior ao primeiro, mas ainda longe de uma adaptação absoluta das histórias do selvagem personagem aos cinemas, apesar da excelente atuação de Hugh Jackman no papel principal, a melhor coisa do filme. Apesar dos pesares, o resultado nas bilheterias foi animador (os melhores dentre todos os filmes X) e aumentaram ainda mais a expectativa sobre o próximo filme dos mutantes.

Capa da Empire revelando
o visual  final das Sentinelas
Singer voltou à direção no projeto do novo filme, que tem de cara o desafio de dar verossimilhança a uma trama intrincada que envolve viagens no tempo, pontas soltas deixadas nos filmes anteriores (a partir do terceiro filme e que só piorou com os posteriores, inclusive o "Primeira Classe") e a aparição dos Sentinelas (Robôs caçadores de mutantes), cuja existência havia sido apenas insinuada em “X-Men: O Confronto Final” (Brett Ratner), de 2006, último da equipe. Não bastasse a expectativa, que já era muito grande, agora que já existe a promessa de um novo filme para 2016, contra outro inimigo gigante dos mutantes: Apocalypse. O que nos resta é esperar pra ver como público e estúdio (queria deus que tenham aprendido com seus erros passados) se comportam após o grande lançamento desse ano e torcer pra que essa interessante franquia continue relevante nas telonas.

Confira abaixo um dos trailers do novo filme:


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