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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Falando nisso: Finalmente a HQ Dias de um Futuro Esquecido ganha nova edição no Brasil

Capa provável da nova edição da Panini
Com um delay de vários meses após o lançamento do filme “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”  a Panini Comics, editora responsável pela publicação de material tanto da Marvel quanto da DC por aqui finalmente decidiu publicar a versão original em HQ desta história dos mutantes, que está esgotada há séculos por aqui. A última vez que viu a luz do dia foi na edição Marvel 40 Anos no Brasil (2007), encadernado onde veio acompanhada com várias outras histórias importantes da longa trajetória da editora. Agora, correndo atrás do prejuízo, tentando aproveitar o lançamento do filme para o mercado home video a indecisa editora, finalmente "presenteia" seus leitores com uma nova edição do material, o que, nem de longe gera o mesmo impacto. Obs. Continue lendo e você entenderá as aspas.

Além de ter perdido a ótima oportunidade de lançar o material enquanto o filme ainda estava em cartaz (o que, com certeza, alavancaria muito as vendas), outra bola fora da editora foi no cálculo formato x preço, optando por um formato interessante, mas que deixou o preço estratosférico por menos de 200 páginas de quadrinhos. Pra se ter uma ideia, foi divulgado no Universo HQ que a edição terá 198 páginas, capa dura no formato 18,5 x 27,5 e miolo em papel couchê. Tudo muito bom né? Até chegar no preço sugerido R$ 68!!!! Isso mesmo. Rapaz, só se for uma promoção muito boa mesmo pra se pagar um preço justo por essa edição. Vale lembrar que essa nem corresponde à última e mais encorpada edição dessa história no mercado norte-americano lançada no ano passado (que teve quase 400 páginas e muito mais edições da mensal dos mutantes) mas a uma edição anterior, publicada em 2011, bem menos volumosa e caprichada, logo, mais uma bola fora da editora, que poderia lançar esse material de forma bem mais interessante, que justificasse a pequena fortuna cobrada.

Dias de um Futuro Esquecido durou apenas duas edições, os números 141 e 142 da mensal dos mutantes, apresentando um futuro sombrio tanto para a raça humana quanto mutante, onde os sentinelas caçam, prendem e destroem sem o mínimo de compaixão essas pessoas pelo simples fato de não serem humanos. Surge um meio de viajar no tempo e impedir que tudo isso aconteça e a escolhida pra cumprir a missão é Kitty Pryde, que retorna à seu corpo jovem, inexperiente e recém-chegado à Escola para Superdotados do Professor Xavier com o fardo gigantesco de convencer seus amigos de que impedir um certo assassinato levaria todos à perdição.

Você pode estar se perguntando: e as demais páginas? Duas edições americanas não completam nem 60 páginas de quadrinhos. Pois é. O encadernado traz ainda as histórias correspondentes às edições 138, 139, 140 e 143 do título mensal, além de X-Men Annual # 4, quase tudo produzido na fase final (e mais conflituosa) da parceria de Chris Claremont/John Byrne, uma das mais felizes de todos os tempos dentro da franquia mutante. Tão importante que até os dias atuais ainda rendem desdobramentos, como vimos, por exemplo, nas badaladas fases de Grant Morrison e Joss Whedon à frende dos mutantes.

A história foi publicada no mercado americano em 1981 (edições 141 e 142 da mensal dos X-Men), sendo publicada no Brasil pela primeira vez em 1986 (em Superaventuras Marvel 45 e 46), depois em 1990, em X-Men Especial nº 2 (onde saiu completa), ambas pela Abril e em "formatinho", em 2003 saiu pela Mythos, em X-Men - Edição História nº 3 (completa e em formato americano, porém em preto e branco) e só então ganhou uma edição mais decente com a citada Marvel: 40 Anos no Brasil, em 2007, já pela Panini, completa, em formato americano, colorida e acompanhada de várias outras histórias de diversos personagens da editora. Todas raríssimas (e caríssimas) nos dias atuais.

Linha do tempo de publicação no Brasil:

1986: Superaventuras Mar-
vel 45 e 46
1990: Especial X-Men nº 2
2003: Edição Histórica
X-Men nº 3
2007: Marvel 40 Anos
no Brasil

Há tempos a Panini estava devendo lançar esse material no Brasil de forma decente, só algumas escolhas foram questionáveis. A editora está ficando mestre em bolas fora, que o diga o velho de guerra Alan Moore e seu Monstro do Pântano, mal lançados em um formato desprestigiado e já esgotados sem qualquer previsão de relançamento. Nos resta esperar que os executivos da editora aprendam com seus erros e melhorem cada vez mais em suas escolhas.

Clique aqui pra ler um pouco sobre essa história e conferir o review do filme.

Agradecimentos especiais ao Universo HQ e ao Guia dos Quadrinhos.

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