Finalmente: Panini vai publicar "Miracleman" no Brasil

A editora Panini Comics anunciou recentemente que publicará por aqui em breve (nunca se sabe de quanto tempo ela está falando, infelizmente) a cultuada (e controversa) série Miracleman, personagem criado em 1953 por Mick Anglo para a editora inglesa Len Miller & Son (onde ainda se chamava Marvelman), como substituto do norte-americano Capitão Marvel, que teve ótimas fases, inclusive contando com autores hoje conceituadíssimos, como Alan Moore (Monstro do Pântano, Liga Extraordinária) e Neil Gaiman (Sandman, Os Livros da Magia). A editora não deu maiores detalhes sobre a publicação, apenas que a primeira edição terá duas opções de capa: metalizada, por R$ 13,90 e capa simples, por R$ 8,90. 

Arte de Joe Quesada pra uma das capas
da primeira edição americana da Marvel

Ao que tudo indica, a publicação será mensal, diferentemente do que se esperava pra materiais de qualidade e antigos desse tipo, normalmente publicadas em encadernados, com arcos completos (quase sempre em capa dura e miolo em papel de qualidade). Não foram dados detalhes sobre que fase específica será publicada nessas primeiras edições, apesar de estar rolando o boato de que será a de Moore, que acabou reinventando o personagem no começo da década de 80, tirando a aura de ingenuidade e oferecendo aos leitores um tom sombrio às suas aventuras, que o levou ao auge de popularidade, redefinindo todo seu conceito e influenciando nas histórias que foram produzidas dali em diante.

Motivo da demora da publicação por aqui

A publicação por aqui demorou tanto a chegar ao Brasil devido à reiterados problemas judiciais envolvendo os direitos do personagem, que já passou por várias editoras, entre as quais a Quality Communications (que o publicou na antologia Warrior), o quadrinhista Tood McFarlane (Spawn, Homem-Aranha), que acabou não publicando nada do personagem e, após uma longa batalha judicial passou para Neil Gaiman, que, por sua vez, acabou vendendo à Marvel, parceira da Panini no Brasil, hoje detentora dos direitos de publicação do personagem. 

A nova “casa” do personagem tem feito um bom trabalho editorial, publicando tanto as fases mais clássicas, como a de Moore, quanto novas aventuras produzidas atualmente. A promessa é que a primeira edição sairia ainda esse mês, o que é praticamente impossível, dada a data que já estamos (e os antecedentes da editora, que tradicionalmente atrasa suas publicações por aqui).

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