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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Viva às Bancas: Um projeto que valoriza as bancas de revistas da capital maranhense

 
Raras de se ver hoje em dia, as bancas de revistas em São Luís-MA são verdadeiros centros culturais espalhados pela cidade, levando à população lazer, educação e cultura de um modo geral. De acordo com informações apuradas pelo movimento Viva às Bancas atualmente há apenas 50 bancas em funcionamento na capital travando uma batalha diária contra a emergência e frieza da tecnologia.
     
Os apreciadores e apaixonados pela cultura impressa ou ainda curiosos puderam participar no último sábado (14/10) da quarta edição do Projeto Viva às Bancas das 8h às 12h na praça Duque de Caxias (em frente ao quartel do Exército), no João Paulo.
O Movimento Viva às Bancas é uma iniciativa da Banca JKomics (João Paulo) com apoio do SLZ-HQ em parceria com outros jornaleiros da São Luís e consiste em uma série de encontros em bancas de revistas da capital onde ocorrem trocas de informações entre jornaleiros de diversos pontos da cidade, encontro de colecionadores e apaixonados por quaisquer dos diversos produtos comercializados em bancas de revista hoje em dia, que vão desde os tradicionais jornais e revistas diversas, histórias em quadrinhos, passando por coleções de livros, Cds e Dvds, entre outros, como miniaturas de personagens, aviões, carros, etc.
 
Desde o mês de julho o projeto vem sendo realizado mensalmente e já foram palcos do encontro a a própria JKomics (João Paulo), a Banca Praia Grande (no Reviver), e a Banca Lacerda, (Cohab), no mês passado. No mês de novembro o evento acontecerá novamente na Banca Praia Grande (Sr. Dácio) em data ainda a ser confirmada.
 

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Panini promete novidades no Renascimento DC

Após o recente lançamento da fase DC Renascimento no Brasil, com a publicação do especial Universo DC Renascimento seguido pelos primeiros números dos títulos: Batman, Dectetive Comics, Superman, Action Comics, Mulher-Maravilha, Liga da Justiça e Lanternas Verdes entre o final de abril e meados de maio deste ano, a Panini Comics está prometendo uma nova leva de lançamentos com outros personagens da Editora das Lendas

As equipes criativas destes primeiros lançamentos de cada série ficaram assim: 

Batman – Roteiro: Tom King (Asa Noturna), Arte: David Finch (Mulher-Maravilha);
Dectetive Comics – Roteiro: James Tynion IV (Batman Eterno), Arte: Eddy Barrows (Novos Titãs);
Superman – Roteiro: Peter J Tomasi, Arte: Patrick Gleason (dupla criativa de Batman e Robin);
Action Comics – Roteiro: o lendário Dan Jurgens (Mulher-Maravilha, Novos Titãs, Superman), arte: Patrick Zircher (Fim dos Tempos), Tyler Kirkhan (Terra 2) e Stephen Segovia (Capuz Vermelho e Foragidos);
Mulher-Maravilha – Roteiro: o também lendário Greg Rucka (Mulher-Maravilha pré-novos 52), arte: Liam Sharp (Hulk) e Nicola Scott (Terra 2);
Liga da Justiça – Roteiro: Bryan Hitch (Liga da Justiça), arte: Tony Daniel (Batman);
Lanternas Verdes – esse título (na verdade, o único novo mix até agora) compila dois títulos mensais americanos em 92 páginas mensais: Green Lanters, com roteiro Robert Venditti (Flash), Rafa Sandoval (Mulher-Gato) e Ethan Van Sciver (Nuclear) e ainda Hal Jordan and the Green Lantern Corps, com roteiro de Sam Humphries (X-Force) e arte de Robson Rocha (Aves de Rapina).




A segunda leva de lançamentos
Um pouco mais tardiamente, mas ainda dentro desta primeira leva, chegou às bancas recentemente o primeiro número da nova série da Arlequina, que agora tenta acompanhar o lançamento desse títulos e pro mês de julho a editora está prometendo o lançamento de uma nova mensal (pelo menos, por enquanto, como a própria editora ressalvou em seu blog) seguindo o mesmo modelo e número de páginas da maioria: Jovens Titãs, que deve conter duas edições originais da equipe nas primeiras edições e posteriormente dividir espaço com a nova série da Ravena.

As mais recentes novidades
Pegando carona no sucesso das edições mais recentes do Demolidor a editora está lançando algumas séries também em forma de encadernados, com capa cartão, lombada quadrada e miolo em LWC, formato que vem dando muito certo com o Demônio da Cozinha do Inferno, que já está chegando em seu 13º volume pela editora.

As novas apostas da Panini/DC são:

Arqueiro Verde vol. 1 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 140 páginas, R$ 19,90) — Sem aliados, sem dinheiro e sem moral, o maior arqueiro do Universo DC está de volta… mas talvez fosse melhor que ele se aposentasse para sempre! Para compensar, nesse novo início para Oliver Queen, o herói vai reencontrar alguém que vinha fazendo muita falta em sua vida: a Canário Negro.
Aquaman vol. 1 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 164 páginas, R$ 22,90) — Ainda dividido entre dois mundos, o Rei dos Mares está de volta, ao lado de sua amada Mera, para tentar conciliar as duas civilizações que o fizeram ser quem é hoje. Infelizmente para ele, o Arraia Negra não pretende deixar que esse sonho se torne realidade. Na verdade, ele pretende transformá-lo em um verdadeiro pesadelo!
Terra 2: Sociedade vol. 1 (Formato americano, capa couché, miolo LWC, 116 páginas, preço a definir) — As maravilhas estão em uma nova Terra, tentando desesperadamente estabelecer uma civilização que não incorra nos mesmos erros do que a anterior. No entanto, parece que nem mesmo seres superpoderosos conseguem se desvencilhar dos atritos que impedem uma vida de paz. E a previsão é de… guerra total!

Em breve traremos maiores detalhes sobre esses novos lançamentos.

Os primeiros problemas
Infelizmente nem só de boas notícias vivemos e a má notícia nesses primeiros lançamentos foi exatamente O LANÇAMENTO. Chegaram poucas edições em banca (nas que chegaram, receberam só um exemplar de cada), até mesmo os assinantes tiveram problemas pra receber seus primeiros números. Agora é esperar e torcer pra que esses problemas iniciais sejam passageiros. Pode ser até que o tamanho do sucesso tenha sido uma surpresa até pra própria editora. Vamos ver o que acontece daqui pra frente.

domingo, 11 de junho de 2017

Review do filme "Mulher-Maravilha": O ESPÍRITO DA VERDADE




Este novo review é mais um texto produzido especialmente pelo parceiro e também 
"quadrinhófilo" Thiago Ribeiro, a quem a Taverna faz novamente agradecimentos especiais.

Como ter empolgação, o famoso hype, para assistir um filme fruto de um estúdio que recentemente picotou tanto um filme ao ponto de transformar em chacota os dois maiores ícones do gênero de super-heróis (Batman vs Superman) e de produzir outro filme que abusa dos momentos ruins e da péssima edição de cenas, transformando bons vilões em personagens apáticos (Esquadrão Suicida) Como buscar a empolgação após vazamentos seletivos anunciando que o filme era tão ruim quanto os que tinham sido feitos até agora pelo mesmo estúdio e, também, notar que a Warner/DC não estava gastando dinheiro na divulgação do filme, ficando claro que queria mais esconder seu produto do que divulgá-lo?

A resposta ficou claro agora: a empolgação nasce da vontade genuína com que vou assistir a todos os filmes de super-heróis e esperando ser recompensado com um ótimo filme. E, preciso dizer com todas as letras, que fui imensamente recompensado com o filme da maior heroína da era heróica, a bela Diana de  Themyscira, a nossa Mulher-Maravilha. A começar pelo clima que o filme estabelece em seus primeiros momentos na Ilha Paraíso. O lar das amazonas é devidamente retratado com o que há de melhor na história da personagem, pois faz jus ao estilo desenvolvido pelo autor e desenhista George Perez (Novos Titãs, Mulher-Maravilha, Superman) na década de 80 e pelo autor Phil Jimenez (Novos X-Men, Os Invisíveis, Mulher-Maravilha) nos anos 2000. As amazonas são uma raça de mulheres forte, dando destaque para a presença sempre magnética Robin Wright, a nossa querida e detestável Claire Underwood (House of Cards), e preparadas para o conflito porvir.

Temyscira e a Maravilhosa pós-Crise nas
Infinitas Terras, no traço de George Perez...
... e nos anos 2000, por Phill Jimenez


Numa mudança mais maniqueísta de bem contra o mal, o filme nos apresenta a criação das amazonas e da humanidade por Zeus, sendo odiado pelo seu filho Ares. Os outros deuses foram mortos nessa guerra. Aqui, abro uma pausa, pois o material para a franquia prosseguir está bem claro ao deixar aberto a ressurreição ou participação de outros deuses na franquia da DC. Até Novos Deuses do mestre Jack Kirby serão bem-vindos.

Mas o filme não se trata das amazonas, e, sim, sobre a jornada da heroína para o mundo do patriarcado em guerra. E é aqui que devesse falar do maior acerto do filme, a sua interprete principal, a Mulher-Maravilha vivida pela israelita Gal Gadot. A sua presença não é magnética como a da general Antíope de Robin Wright, pois a sua interpretação nasce da verdadeira vontade de ajudar da personagem Diana. A atriz, ajudada pelo roteiro dos dois primeiros atos, soube entender as facetas da personagem. A ingenuidade de quem não conhece um novo mundo, a empolgação em querer ajudar e a necessidade de fazer o correto, mesmo que tenha que usar da força para isso.
A diretora Patty Jenkis soube tirar o
melhorda a trajetória de Diana nas HQs
Mas Gadot não brilha só. A presença de Cris Pine (da nova franquia Star Trek) é um dos muitos acertos do filme. O ator vive o capitão Steve Trevor, um Indiana Jones da I Guerra Mundial, menos cínico que o Indy de Harrison Ford, mas tão cativante quanto. A presença do personagem é a ponta que Diana precisa para deixar a sua ilha de isolamento, literalmente. Porém, o mérito da química dos atores se deve muito à direção orquestrada pela diretora Patty Jenkins (Monster, The Killing), que em nenhum momento diminui o papel de Trevor ante a força bruta da Mulher-Maravilha, ou vice-versa. Os dois personagens agem em conjunto, discordando em muitos pontos, mas sempre se ajudando, buscando o sucesso de seus atos, mostrando que homens e mulheres só avançam, seja no campo de batalha, seja na vida, quando trabalham juntos.

Porém, mesmo após os dois primeiros atos quase perfeitos, o filme apresenta problemas estruturais que se deve levar em conta. Primeiro são seus efeitos especiais que nem sempre funcionam, deixando o expectador desiludido com o que está vendo, mesmo que seja com um bom roteiro. Segundo, a presença de personagens secundários que apesar de ter sua função moral na trama – a secretária que é tratada como subalterna, o franco atirador que não consegue atirar devido aos terrores da guerra, o índio que é fruto de uma guerra já perdida na América e que ganha a vida levando suprimentos para o campo de batalha, e, por último, o espião que só queria ser ator – não fazem a narrativa se desenvolver, estando ali apenas como figuras demonstrativas de sua época.

Por último, deve-se citar o caso do vilão Ares. Presente no último ato e se mostrando como um deus que apenas demonstra os caminhos do conflito, o combate entre a Mulher-Maravilha e o Deus da Guerra não foge aos clichês de filmes de super-heróis que tem em seu último ato o momento mais fraco da película. Porém, o conflito dos dois não compromete os muitos méritos do filme.

Antes de encerrar, devo comentar a melhor passagem do filme aos olhos de um fã de quadrinhos e de histórias de guerras: a passagem pelas trincheiras da primeira guerra mundial. Poucas vezes, no cinema de super-heróis, houve momento mais catártico. Quando Diana, após ouvir a história de uma mulher desesperada com uma criança no colo e que teve sua vila tomada, remove a veste preta que estava usando, após ter uma discussão com Trevor, quando o mesmo afirma que é impossível se mover um milímetro naquele campo de batalha, e se mostra em toda a sua força é daqueles momentos para ficar cravado à bala na história do gênero. Ali está tudo que representa a Mulher-Maravilha: a necessidade de agir para ajudar ao próximo, o caminho da paz mesmo que seja passando pelo conflito e o sentimento de trazer alguma mudança ao mundo dos homens. Tudo isso em um momento glorioso de Gal Gadot.

Gal Gadot também brilhou em trajes civis de época, esbanjando simpatia
e dedicação em cada cena do filme
Mulher-Maravilha se mostrou um filme acima da média do que vem sendo produzido no cinema de massa no gênero. Mostrou que a Warner/DC pode ver um caminho de luz e esperança ao confiar em seus atores e seus diretores, um filme que não foge ao clichê do último ato grandioso e derrapante, mas, acima de tudo, um filme que fez jus à maior heroína da cultura pop. Um filme maravilhoso.

Clique aqui pra ler um outro review da Mulher-Maravilha por Tarcisio Braga

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Nova edição de "Demolidor" da Nova Marvel saindo do forno no Brasil

Informações sobre o lançamento:
Capa cartão
Miolo em LWC
Lombada quadrada
Compila as edições Daredevil 6-9
e Daredevil Annual 1
Preço de capa: 19,90
A Panini (licenciadora dos quadrinhos da Marvel no Brasil) está prometendo pra breve o lançamento de mais uma edição da vitoriosa coleção do Demolidor, chegando ao 13º volume dessa coleção que já apresentou algumas excelentes fases do Demônio Cego da Cozinha do Inferno. Em 124 páginas esse novo volume dá continuidade ao rum escrito por Charles Soule (Thunderbolts, Monstro do Pântano) em parceria com Matteo Bufani (Daken, Homem-Aranha) e Goran Sudzuka (Y: O Último Homem).

Nesta nova edição temos a volta do Demolidor à Nova York após uma temporada em São Francisco e a estranha volta do personagem à sua identidade secreta. Ao que parece, todo mundo simplesmente esqueceu da identidade civil do personagem, que havia se tornado pública há um bom tempo já. Além disso uma personagem memorável na trajetória do personagem está de volta: Ninguém menos que Elektra. E o pior... acusando o Demolidor de ter raptado sua filha.


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Review do filme "Mulher-Maravilha": Desvendando o coração de uma amazona

Se você perguntar minha opinião sobre o filme Mulher-Maravilha, atualmente em cartaz em todo o país, a resposta é que se trata de um filme, acima de tudo, apaixonado, inspirador. Sem exagero, uma carta de amor a uma personagem que realmente merecia essa homenagem e também a consagração tardia do universo compartilhado da DC/Warner nos cinemas.

A História
Ambientado nos momentos finais da I Guerra Mundial o filme se prende em seus momentos iniciais em contar parte da origem de Diana (Gal Gadot), princesa de Temyscira, também conhecida como Ilha Paraíso, local protegido por Zeus, maior divindade da mitologia grega que criou o lugar em tempos imemoriais para se tornar morada das amazonas, suas protegidas.

Fatos estranhos como na ilha só ter mulheres são deixados pra explicar em outra ocasião. Diana cresce acreditando ser fruto de uma escultura de barro e do desejo ferrenho de sua mãe, a rainha Hipólita (Connie Nielsen) atendido por Zeus, dando-lhe o sopro da vida. Tudo isso é contado de forma rápida, mas por meio de interessantes ilustrações interativas em estilo renascentista, mostrando ainda a ascensão e derrocada do homem, de preferidos de Zeus à seres ingratos e corrompidos pela ganância e guerras, algo que nos faz lembrar em muitos aspectos a teogonia cristã.

Apesar de num momento inicial ser estranhamente protegida pela mãe, visto que se trata de uma amazona (e, como toda amazona, seu ofício seria a guerra), logo Hipólita se convence da necessidade dela ser treinada, preparada para um futuro incerto. Diana é entregue à general Antíope (Robin Wright) e se torna uma excelente guerreira, diria até que a mais poderosa dentre todas as amazonas, com força e velocidade impressionantes.

A bela e corajosa Diana se questiona até onde vai a
maldade no coração dos homens
Sozinha após uma discussão com as outras amazonas, surge no céu um objeto em chamas que Diana nunca tinha visto até então: um avião que, em pane cai no mar. Prontamente Diana salta na água e entra no veículo, salvando seu piloto Steve Trevor (Chris Pine), que após ser salvo conta sobre os terrores que a guerra tem trazido ao mundo além das fronteiras da Ilha Paraíso, deixando Diana revoltada e ansiosa para pôr um fim no conflito, por acreditar que seria influenciado por Ares, o deus grego da Guerra, inimigo ancestral de Zeus.

Tudo isso é contado apenas em um quarto do filme, sendo o restante ambientado na Europa, passando pela Inglaterra, país de Trevor, entre outras áreas de conflito sob o domínio dos nazistas, onde Diana acreditava que deveria ir para finalmente derrotar Ares e acabar com a maior guerra que o mundo já tinha visto até então.
A relação entre Diana e Trevor é explorada de forma
a fazer a história fluir naturalmente

Por que é o melhor filme da DC até o momento?
O filme é fluido, contando a história de forma apaixonada e natural, com uma fotografia belíssima e um cuidado especial quanto às vestimentas, sem correr ou deixar muitas pontas soltas. O estranhamento de Diana diante de um mundo totalmente estranho pra ela é muito bem trabalhado, com um humor na medida certa, sem forçar a barra (diferente do que vem ocorrendo com os filmes da Marvel, que mais vêm parecendo sessões de Stand-Up Comedy, em muitos momentos, parando a história só pra contar uma piada sem graça).

A aventura e ousadia são os motes da história, apresentando uma Diana que não teme nada e não se preocupa com convenções sociais, nem de seu povo, muito menos da Europa no primeiro quarto do século XX. Pra Diana sua missão é fazer o certo, salvar as pessoas e derrotar Ares. As outras coisas são detalhes pequenos que, no decorrer do filme vão ficando pra trás ante o carisma da protagonista acompanhada de um ótimo elenco de apoio, com alguns nomes já famosos acompanhados de excelentes surpresas, como os companheiros de Trevor e da maravilhosa em sua jornada. O filme tem ainda o mérito de se apropriar de interessantes aspectos das fases de George Perez (como a origem das Amazonas), , e Brian Azarello (como chocante a origem da própria Diana) nos quadrinhos para contar uma história que conseguiu agradar tanto fãs hardcore de quadrinhos quanto a galera que é marinheiro de primeira viagem, com uma história cativante e humana.
O filme ainda consegue "linkar" essa história da I Guerra
Mundial ao Universo DC atual através da história dessa foto
 

É claramente perceptível que Gadot tem suas limitações como atriz e ainda está em construção, mas se dedicou de corpo e alma à representação da personagem, entregando juntamente com a diretora Patty Jenkis (Monster, The Killing) e o produtor Zack Snyder (Batman Vs Superman) um filme realmente memorável no meio de tantos outros. Um filme que mostra o poder das mulheres diante de uma sociedade machista e capitalista, onde a cada momento a plateia se pergunta quem é realmente selvagem: as amazonas, brandindo suas espadas e escudos ou o homem moderno, com suas armas de fogo automáticas e ganância sem fim?

Enfim, um filme questionador, que coloca dúvidas até mesmo onde elas não existiam, mostrando que todos são culpados pelos males do mundo e todos somos também responsáveis por torná-lo um lugar melhor para se viver. Tem alguma falha ou outra no roteiro e momentos clichê? Com certeza! Mas nem isso tira a graça e relevância de um filme com uma protagonista feminina e tão representativa. Vale muito a pena ir ao cinema assistir.

Clique aqui pra ler um outro review da Mulher-Maravilha 
aqui na Taverna pelo colaborador e amigo Thiago Ribeiro.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Filme dos "Cavaleiros do Zodíaco" em Live Action já está em produção

O ScreenDaily divulgou recentemente a informação de que um filme com atores reais (live action) baseado na franquia Saint Seiya (no Brasil conhecida como Os Cavaleiros do Zodíaco) já está em produção. O projeto que já vem sendo desenvolvido há cerca de dois anos está sendo realizado através de uma parceria entre a Toei Animation (produtora original do Anime) e a ARGF.

A produção do longa está por conta de Yoshi Ikezawa (Halo LegendsJoseph Chou (Tropas Estelares: Invasão)e Kozo Morishita (Animação Dragon Ball Z). E entre os produtores executivos do longa está ninguém menos que Masami Kurumada, o lendário criador do mangá original dos guerreiros de armadura.
O anime fez muito sucesso no Brasil pela Manchete na década de 90 e está de volta pela TV Brasil e
seu mangá também vem sendo publicado pela JBC, com sua versão Kanzenban (em acabamento de luxo)
A notícia vem após mais de 30 anos da criação da franquia. "Isso é para a nossa base de fãs leais que apoiaram os Cavaleiros do Zodíaco nos últimos 30 anos, bem como para a nova geração de fãs", comenta Kurumada. Apesar do longa já estar em pré-produção, ainda não foi divulgado um cronograma de atividades ou previsão de data de estreia. Por enquanto, resta aos fãs esperar pra ver o que acontece.

O mangá dos Cavaleiros do Zodíaco já saiu completa por aqui em três versões, as duas primeiras pela Conrad editora, a segunda pela JBC, que atualmente está publicando novamente em sua versão Kanzenban, com acabamento de luxo, capa dura, miolo em papel de qualidade e com algumas páginas coloridas, que já está chegando em seu terceiro volume

Torneio de Campeões: Review de "O Imortal Punho de Ferro - As Sete Cidades Celestiais"

Texto produzido especialmente pelo parceiro e também "quadrinhófilo" 
Thiago Ribeiro, a quem a Taverna faz novamente agradecimentos especiais.



1 - Guerreiros poderosos que são intimidadores sem terem desferido um movimento sequer? Confere.
2 – Golpes incríveis com nomes próprios e descargas de energia espiritual? Confere.
3 – Personagem principal, que à la Goku ou Jean-Claude Van Damme, está pronto para vencer um torneio de artes marciais milenar em um ambiente da antiga e mística China? Não, não confere.

O segundo volume da saga do Imortal Punho de Ferro pelos escritores Matt Fraction (Homem de Ferro) e Ed Brubaker (Capitão América) continua na segunda edição da republicação da elogiada saga lançada entre 2007 e 2008 nos Estados Unidos, e em dezembro de 2016 no Brasil, com o título de O IMORTAL PUNHO DE FERRO – AS SETE CIDADES CELESTIAIS (Editora Panini, 220 páginas). A saga de Daniel Rand em busca de seu legado, que veio bater a sua porta na edição anterior (A ÚLTIMA HISTÓRIA DO PUNHO DE FERRO) na forma de Orson Randall, toma uma nova direção ao nos apresentar personagens marcantes em uma situação mais do que clássica quando se trata de artes marciais: um torneio. Mas classificar esse segundo volume da saga do Punho de Ferro como um mero torneio de arte marciais é não ver o leque de possibilidades que os escritores criam para o personagem, ou melhor, para o personagem marcante desse volume, Wendell Rand (sim, o pai de Danny e pupilo de Orson Randall, a figura que rouba as atenções no primeiro volume).

Capa do segundo volume do "Punho de
Ferro" pelas mãos de Brubaker e Fraction
A história de Wendell, que abre o volume, é tocante e cruel, pois é ele o personagem que desde as primeiras páginas tentará se provar para os habitantes de Kun Lun, a Cidade Celestial que o Punho de Ferro é o protetor, e para seu antigo e ausente mestre Orson. O pai de Danny ganhará e perderá a amizade de Davos, o segundo personagem mais importante desse volume, que assim como Wendell sacrificará muito antes de chegar ao seu momento de iluminação, quando descobrirá que os erros que cometeu são os causadores de seu sofrimento, e, não, os atos de terceiros.

A jornada de Wendell é crível ao tentar estabelecer que o mesmo vai a Kun Lun como forma de provocação à Orson, e que ao ficar cara a cara com seu destino, o dragão Shou-Lao, há a corajosa escolha de reconhecer que aquilo não é o que quer para o resto de sua vida, destino esse que recaiu sobre os ombros de seu filho. Porém, apesar do destaque do volume ser Wendell, essa ainda é uma história de Danniel Rand. E que história...

Temos uma luta emocionante com O Vultuoso Cobra (há um desfile de nomes incríveis nesse volume). Lutas contra agentes da Hidra. A presença dos habituais heróis de aluguel (Luke Cage, Colleen Wing e Misty Knight). E uma história tirada de uma anual do personagem, que é desenhada por Howard Chaykin, onde Danny tem contato com o legado deixado por Orson

Apesar do ritmo da leitura ser incrível, há muitos tropeços pelo meio do caminho nesse volume, muito mais que a edição 01. Os problemas começam pela falta de homogeneidade nos desenhos aqui apresentados, pois, o talentoso David Aja (Gavião Arqueiro) não desenha todas as edições e, quando desenha, não faz as 24 páginas padrões de uma edição americana. Não que os desenhistas presentes no volume sejam ruins, longe disso, até acrescentam ao material aqui publicado. Mas a mudança constante de desenhistas prejudica a leitura. Um exemplo claro é a falta de um desenho que mostre o design das Sete Cidades Celestiais, de forma individual, prejudicando o ambiente onde a revista se desenrola. E o que falar de quando um trem é destruído em uma página dupla épica e no com um virar de folha não há nenhum escombro para demonstrar o tamanho do estrago?

O problema com os desenhistas não é o único percalço presente na história. As reviravoltas envolvendo Yu Ti (líder de Kun Lun) parecem apressadas e finalizadas de modo rápido demais para desenvolver empatia pelo Trovejante (mestre dos Punhos de Ferro) ou antipatia contra o Yu Ti. Também, o vilão Xao, presente desde o primeiro volume, se mostrou vazio, apesar de haver uma desavença que envolve a família do vilão e o Punho de Ferro Orson Randall. O desenvolvimento emocional do vilão é quase zero, o que decepciona, já que há um elevado nível de personagens incríveis presente na história desenvolvida por Fraction e Brubaker.

O segundo volume de O Imortal Punho de Ferro pega o leitor que já estava ávido na leitura no primeiro volume e eleva a qualidade narrativa, usando de clichês de forma útil à narrativa. Os percalços que a narrativa encontra (troca constantes de desenhistas, vilão mal desenvolvido e reviravoltas no roteiro apressadas) não prejudicam a qualidade da edição, deixando o universo de Danniel Rand pronto para novas aventuras, mas com um gosto ruim na boca, pois o próximo volume é o último da agora clássica passagem dos excelentes roteiristas pelo título

sábado, 27 de maio de 2017

Panini volta a investir em lançamentos mais recentes da "Vertigo/DC" no Brasil

Com o encerramento das ótimas e recentes publicações da Vertigo/DC: Fábulas, 100 Balas e Escalpo, a Panini optou por fazer um resgate do selo, finalmente organizando a cronologia dos muitos personagens do selo no Brasil, nesta onda vieram Patrulha do Destino (Grant Morrison), Shade: O Homem Mutável (Peter Millighan), Homem-Animal (Grant Morrison e outros) e Hellblazer (vários autores) que passaram um bom tempo representando o selo nas bancas brasileiras nos últimos tempos.

Agora a panini resolveu, além de dar continuidade a esses excelentes lançamentos, trazer novamente material mais recente do selo adulto da DC, como você pode conferir abaixo:

Informações sobre 
o lançamento:

Capa cartão
Lombada quadrada
Miolo em LWC
17 x 26 cm
212 páginas
R$ 28,90
Compila as edições 
1-8 de "Bodies"
Corpos
Escrita por Si Spencer (Hellblazer: Cidade dos Demônios) Corpos conta a história de quatro assassinatos em Londres em diferentes períodos históricos, colocando quatro detetives num rastro com uma conexão impossível.  A arte ficou por conta de Dean Ormston (Lúcifer), Phill Winslade (Goddess: A Ira dos Deuses), Meghan Hentrick (Red Thorn) e Tula Lotay (Supreme Blue Rose), cada um sendo responsável por ilustrar um período diferente da história, dando um clima específico para cada época, similar ao que ocorreu nas doze edições da ótima Frequência Global, escrita por ninguém menos que Warren Ellis (Transmetropolitan, Planetary, Authority).




Suicidas
Informações sobre 
o lançamento:
Capa cartão

Lombada quadrada
Miolo em LWC
17 x 26 cm
164 páginas
R$ 24,90
Compila as edições
1-6 de Suiciders
Depois de sua estreia nos roteiros com Batman: Noel o desenhista Lee Bermejo (Coringa, Frequência Global) parece que pegou gosto por escrever roteiros e ousou ainda mais, contando uma história com personagens criados por ele mesmo. Estou falando de Suicidas, história ambientada num futuro apocalíptico após um terremoto que dizimou Los Angeles. A cidade foi separada do resto do mundo por um muro, criando um ambiente onde nasce uma nova forma de entretenimento, colocando seres humanos biomelhorados (algo como um ciborgue) como atletas Superstars. No mercado americano a série foi publicada em duas minisséries. Por aqui, a Panini optou por lançar em dois volumes encadernados, cujo primeiro, que, inclusive já saiu nas bancas, compila a primeira mini completa e o segundo encadernado deve encerrar a série, compilando a segunda. 

Informações sobre 
o lançamento:
Capa cartão
Lombada quadrada
Miolo em LWC
17 x 26 cm
164 páginas
R$ 24,90
Compila as edições
The Sheriff of Babylon
1-6 




Xerife da Babilônia
Esse é, de longe, o mais engajado desses novos lançamentos, apresentando uma Bagdá imediatamente pós-Saddam. O ex-policial Christopher Henry é contratado pelos militares americanos para treinar uma nova força policial iraquiana quando um de seus recrutas é assassinado. 

Em meio a todo o caos em que a cidade se encontra, Chris é o único interessado em realmente encontrar o culpado pelo crime. Sua investigação acaba levando a figuras importantes da política e segurança, fazendo surgir uma improvável aliança no sentido de desvendar o mistério.
O roteiro é de Tom King (Batman Renascimento) e a arte ficou por conta de a Mith Gerards (Justiceiro). Definitivamente, uma ótima pedida pros órfãos de Escalpo e 100 Balas. 










Panini lançará o quarto volume de "Cavaleiro da Lua"

Informações sobre a edição:
Lombada quadrada

Capa cartão
Miolo em LWC

Compila as edições
1-5 de Moon Knight

124 páginas
R$ 19,90
Entre os lançamentos programados para breve da Marvel pela Panini a editora divulgou no hotsite Wizmania  a volta do sumido Cavaleiro da Lua, que atacará as bancas e comic shops com "Lunático", seu aguardado quarto volume, com uma história escrita pelo cultuado Jeff Lemire (Sweet Tooth, Velho Logan), com arte de Greg Smallwood (X-Men Universe, S.H.I.E.L.D) e cores de Jordie Bellaire (Projeto Manhattan).

Neste volume Marc Spector é assombrado pela sua própria mente, que o leva a desconfiar se toda a sua história como Cavaleiro da Lua é algo real ou invenção de uma mente insana. Este é só o começo de uma trama onde surge uma nova ameça sobre o mundo.

Este quarto volume brasileiro, na realidade compila a cinco primeiras edições de um novo volume americano. Com o Cavaleiro da Lua a editora optou por seguir o mesmo padrão que vem fazendo com o Demolidor, evitando zerar a numeração, como a Marvel vem fazendo constantemente com esses dois personagens.

Em breve publicaremos aqui uma resenha sobre essas última (e excelentes!) fases do Cavaleiro da Lua, que vem se mostrando um excelente laboratório pra roteiros ousados na "Casa das Ideias", encerrando ciclos, como se fossem temporadas de uma série de tevê.

DECEPÇÃO GALÁTICA: Review especial da HQ "Guardiões da Galáxia Vol. 1: Vingadores Cósmicos"


capa do primeiro volume dos Guardiões
escrito por Bendis pra Nova Marvel
Texto produzido especialmente pelo parceiro e também "quadrinhófilo" Thiago Ribeiro, a quem a Taverna faz novamente agradecimentos especiais.


Após ter assisto, e me decepcionado (não me odeiem, mas o volume 01 é muito melhor e mais coeso), com GUARDIÕES DA GALÁXIA VOLUME 02, mesmo após ter visto o filme na sala MARCRO 3D, com direito a som de filme de tão boa qualidade que até o momento eu não tinha vivenciado, me veio uma vontade absurda de reler o arco inicial do autor Brian Michael Bendis à frente dos guardiões. E, novamente, que decepção estrondosa. 

Os dois volumes da coleção NOVA MARVEL dos Guardiões da Galáxia são achados de forma relativamente fácil ainda, pois os volumes VINGADORES CÓSMICOS e ÂNGELA saíram pela Panini recentemente, tendo até bons descontos em sites de venda. As histórias foram anteriormente publicadas em UNIVERSO MARVEL, revista mensal, até ganharam revista própria em março de 2015. Porém, os dois volumes são decepcionantes, principalmente por que o autor veio de uma fase muito elogiada à frente do título de VINGADORES, franquia que ele renovou e transformou em uma franquia digna dos filmes que geram milhões para a Marvel. 

A primeira edição abre muito bem ao mostrar a história dos pais de Peter Quill, sendo os diálogos bens escritos e ágeis, marca de Brian Michael Bendis (Demolidor, Homem-Aranha Ultimate), porém, o final da primeira parte é feito de forma apressada, não explicando como Peter veio a se denominar como Senhor das Estrelas, diminuindo assim o impacto do começo. E isso é uma constante do primeiro volume.

Os personagens, agora famosos, na época não eram tão conhecidos do grande público, e, apesar de terem passado por uma excelente fase com os escritores Dan Abnett (Juiz Dredd) e Andy Lanning (Justiceiro: Ano Um), os leitores de quadrinhos não tinham os Guardiões como classe A das equipes da "Casa da Idéias". Bendis não faz questão de apresentar os personagens ou desenvolver a personalidade do Senhor das Estrelas, Rocket Racum, Groot, Gamora e Drax. A participação do Homem de Ferro no primeiro volume só serve como um figurante de luxo, pois não acrescenta nada à história, a não ser o humor ácido característico do personagem pós-Robert Downey Jr.


O mote de Guardiões da Galáxia volume 01 – VINGADORES CÓSMICOS não alcança o seu objetivo ao desenvolver a trama de que, devido a decisão do recém-formado Conselho Galáctico, a terra era território intocável por todas as raças espaciais. Bendis escreve a trama tentando desenvolver o caráter maquiavélico do rei de Spartx, o pai do Senhor das Estrelas, mas não consegue criar tensão ou suspense nas atitudes dos personagens, deixando o resto da história apenas para cenas de ação e diálogos ágeis, sem aprofundamento.

O que se destaca no livro 01 é a arte da história. Steven McNiven (Guerra Civil, Thor) e Sara Pichelli (Ultimate Homem-Aranha) se superam em cenas de ação limpa e rápidas, não deixando o leitor se perder nas diversas páginas. Destaque para as expressões faciais que os dois desenhistas imprimem nos personagens. Se há um motivo para o leitor investir seu dinheiro nessa primeira parte, é a arte incrível. O resto do volume são histórias curtas, tendo o restante dos guardiões como pano de fundo, não acrescentando nada aos personagens, com exceção da história do Rocket.

Infelizmente, para um autor tão celebrado no começo dos anos 2000, a história do volume 01 de guardiões da galáxia de Brian Michael Bendis não empolga, desperdiça personagens e desenhistas de primeiras, tendo vilões genéricos que nem de longe ameaçam os heróis e, tristemente, me lembra de todos os defeitos que Guardiões da Galáxia Vol. 02 do cinema também demonstraram. E isso é triste para os fãs da Marvel que gosta de tramas boas, em vez de diálogos bobinhos.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Monstro do Pântano: Raízes do Mal. Panini lançará nova fase do pântanoso no Brasil

Informações sobre o lançamento
17 x 26 cm
148 páginas
Miolo em LWC
Capa Cartão
Lombada Quadrada
R$ 24,90
Compila os números 140 a 145 
de Swamp Thing 
A Panini Comics está prometendo lançar em breve no Brasil mais uma fase da trajetória do Monstro do Pântano. Após uma anunciada pausa nas histórias de Rick Veitch (The One, Greyshirt: Indigo Sunset), ocasionada pela ausência de material encadernado original americano, a editora optou por iniciar logo essa nova fase pra não deixar os fãs sem sua dose de pantanoso por muito tempo nas bancas.

Neste novo encadernado, que salta algumas dezenas de edições após o final do rum escrito por Veitch temos um Alec Holland acordando a milhares de quilômetros de sua Lousiana, onde acreditava ser seu lar. Ele volta a sua forma humana e não se lembra de mais nada que ocorreu durante seu período como encarnação do reino vegetal no planeta terra. Um novo monstro assola os pântanos de Louisiana e a mulher que o amava tem que encarar a vingança do Parlamento das Árvores.

Monstro do Pântano: Raízes do Mal conta com os roteiros dos hypados Grant Morrison (Homem-Animal, Patrulha do Destino, Batman) e Mark Millar (Os Supremos, Kick Ass) e arte de Phil Hester (Arqueiro Verde) e Kim DeMulder (Hellblazer, Os Defensores)

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Saiu o trailer final de "Mulher-Maravilha"

A Warner finalmente divulgou esta semana o emocionante trailer final de Mulher-Maravilha, filme que deve contar a origem da princesa Diana (Gal Gadot), filha da rainha amazona Hipólita (Connie Nielsen), de Themyscira (também conhecida como Ilha Paraíso), personagem apresentada de forma rápida e misteriosa no sombrio w e controverso Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016). O novo vídeo assim como os anteriores mostra apenas um pouco da superfície do que será a produção, dessa vez focando ainda mais na ação.

Ao conhecer o piloto Steve Trevor (Chris Pine) devido a uma queda de seu avião nas proximidades de sua ilha, Diana. Logo a princesa se vê envolvida em uma guerra e decide abandonar sua ilha com a fé de ser possível por um fim no conflito.

Aperte o play e confira:


Mulher-Maravilha estreia em 1º de junho deste ano e conta com a direção de Patty Jenkins (Monster, The Killing). 

terça-feira, 9 de maio de 2017

O LEGADO DOS IMORTAIS: Review de "A Última História do Punho de Ferro"

capa do primeiro volume dessa
fase do personagem
Texto produzido especialmente pelo parceiro e também "quadrinhófilo" Thiago Ribeiro.


Para quem lê quadrinhos e acompanha o mercado de perto já deve ter ouvido falar sobre a importância do legado na chamada Nona Arte. Seja nas promessas dos editores da Marvel, seja na volta do saudoso e, agora, eterno Wally West (quase 05 anos sem título, sem ser mencionado pelos editores da DC e substituído por um personagem que usa da diversidade para se vender aos leitores, o Flash que manteve o manto após a seminal Crise nas Infinitas Terras (1985) veio para trazer ventos bem-vindos para a DC), o legado dos personagens de quadrinhos mainstream são parte importante do universo de super-heróis.

Porém, o que ocorre quando o personagem não conhece sua herança?

Bem, isso é uma dúvida que o leitor pode tirar lendo o primeiro volume da republicação da saga escrita por Ed Brubaker (Capitão América) e Matt Fraction (Gavião Arqueiro), desenhada pelo espetacular David Aja (Gavião Arqueiro), para o Imortal Punho de Ferro (Sim, um título passado de pessoa à pessoa, porém, tendo o seu atual usuário ignorado toda a linhagem que veio antes dele), que saiu em 2016 com o título de O IMORTAL PUNHO DE FERRO -  A ÚLTIMA HISTÓRIA DO PUNHO DE FERRO.

Não, não faço esse texto porque o personagem está em evidencia devido a transposição para as telas de tevê através da Netflix (em uma adaptação que demora a engrenar, o que transforma a minissérie em um martírio para chegar ao ponto que interessa). Faço porque em 2007 já ouvira falar da saga montada pelos senhores Brubaker e Fraction (na época, também, escrevendo de forma brilhante Capitão América e Homem de Ferro, respectivamente).

Aqui temos o empresário Danny Rand tendo que lidar com: nazistas (Hidra, que quer construir uma linha férrea onde fica Kun Lun, lar do povo que abrigou o abrigou), feitiçarias vindas do oriente (a mãe garça, que possui uma vendeta pessoal não com ele, mas, sim, com o portador do título punho de ferro, guerreiro representante de Kun Lun) e antigos rivais (Serpente de Aço, que você pode ver mais da rivalidade com o punho de ferro em Coleção Histórica Homem Aranha Nº. 12, através das, então, competentes mãos de Chris Claremont (X-Men) e John Byrne (X-Men, Quarteto Fantástico, Superman).
arte limpa e precisa de Aja faz o leitor lembrar da importância do artista para se fazer uma boa HQ
É incrível como um texto afiado, com arte detalhada, pode fazer a diferença num título, tendo destaque para o diálogo do porquê as empresas Rand não patrocinariam um investimento da China (Ah, se o Danny soubesse que o mercado americano hoje se dobra à vontade dos chineses em tudo, principalmente, em entretenimento, como o cinema), pois o governo chinês promoveu atos contra o Tibet e Cia. até contra aquele cara que foi fotografado encarando um tanque na praça da paz celestial. 

Mas o destaque não é esse no primeiro volume da coleção agora relançada pela Panini, anteriormente, lançada em Marvel Apresenta. O destaque é o legado que Daniel Rand sempre ignorou, e esse legado bate à porta dele na forma de Orson Randall, o punho de ferro anterior. Aqui, vemos o destaque da revista: um homem quebrado, entregue as drogas há mais de meio século, que em sua origem já conheceu a tragédia, seja em seu nascimento conturbado, seja por ter encarado a “guerra para acabar com todas as guerras” na linha de frente. Um homem tão quebrado que comete erro atrás de erro, como não lutar em nome da cidade que o treinou para ser seu protetor, e agir de forma a ceifar a vida de uma das representantes (as chamadas armas imortais) de outra cidade celestial. Nesse homem quebrado (e no começo de quase todo os capítulos, desenhados não por Aja, mas, sim por outros desenhistas ótimos) é que estão as respostas para quem foram os outros Punhos de Ferro do passado.

Aqui, abro espaço para falar da arte, ou melhor, nem deveria falar, pois é obrigação de cada leitor de quadrinhos acompanhar esse trabalho de David Aja, muito do que veio a trabalhar com o Gavião Arqueiro posteriormente. O ritmo que o artista impõe é lindo, cada quadro possui fruição, não ficando preso apenas nos tradicionais quatro quadros por páginas ou os quadros na horizontal, que são as manias dos desenhistas nos anos 2000. Sua arte acerta o leitor como uma excelente cabeçada do Brooklyn (sério, ao chegar nessa página dupla, não fique na splash page, olhe os quadros que você será mais recompensado).


Porém, nem tudo são flores nessa fase do personagem. Infelizmente, devido a Marvel ser um universo orgânico, onde tudo o que ocorre, ocorre com todos os personagens, essa fase do A Última História do Punho de Ferro se passa pós a famosa saga Guerra Civil. Levando isso em consideração, os leitores que tem acesso apenas a esse encadernado podem se sentir perdidos do porquê o personagem ser um herói caçado pelas agências do governo, ou qual a causa da infelicidade de Danny Rand com sua ex-namorada que apoia a iniciativa do registro (sinceramente, apesar das boas histórias na época, ignorem essas passagens e se atentem ao principal, a saga do Punho de Ferro).

Mas, então, o que ocorre quando o personagem ignora sua herança? Isso só Ed Brubaker e Matt Fraction podem responder ao leitor nesse incrível primeiro ato de uma saga bem escrita, bem desenhada e que nos leva pelo pescoço até o volume 02. Danny Rand ainda precisa saber muito pelas mãos talentosas desse trio sensacional, que promete no segundo volume tudo que uma boa história de um lutador marcial de legado precisa, e com direito a torneio de artes marciais no melhor estilo de Kung Fu.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Panini lança este mês último volume de "Patrulha do Destino", de Grant Morrison

Informações sobre a edição:
lombada quadrada
Capa cartão
Miolo em pisa brite
Formato: 17 x 26
lançamento de banca
228 páginas
preço de capa: 28,90
A Panini divulgou através de seu hotsite Vertigo que será publicado este mês o encadernado Patrulha do Destino: Planeta Amor, conclusão da revolucionária fase do escritor Grant Morrison à frente da estranha equipe de heróis desajustados da DC/Vertigo.

Leia abaixo a sinopse divulgada pela editora: 

O caminho tem sido longo e difícil para a Patrulha do Destino. Uma estrada que contorna as fronteiras da loucura e é calçada com tijolos feitos de lágrimas. E ainda que o fim esteja próximo, as dificuldades do passado logo parecerão um passeio na praia comparado com as que estão prestes a enfrentar!

Nascido da medonha força dos poderes psíquicos de Dorothy, o inabalável Candelabro está à caça dos membros remanescentes da equipe em todos os planos da existência, enquanto o experimento final do Chefe está em vias de reprogramar a realidade! Catástrofe ou aniquilação parecem os únicos desfechos possíveis, a menos que Os Heróis mais Estranhos do Mundo consigam tirar um último e figurativo coelho de dentro da sua cartola coletiva! Este encadernado conclui a fase de GRANT MORRISON e RICHARD CASE à frente da PATRULHA DO DESTINO.